A Confederação Nacional dos Motoristas e Transportadores da Guiné-Bissau anunciou que doravante os associados da organização não vão pagar o Fundo Rodoviário a nível nacional, enquanto não tiver um interlocutor legítimo com quem possa analisar a situação da restauração das estradas urbanas e semi-urbanas do país.
A posição da Confederação foi tornada pública esta quinta-feira, 27 de junho de 2019, por Bubacar Frederico Ofer, presidente da organização, em conferência de imprensa realizada em Bissau, na paragem central situada nas periferias do bairro do Enterramento. Na sequência dessa decisão, Bubacar Frederico Ofer pede a colaboração de todos os associados no sentido de não pagarem o fundo rodoviário até que as condições das estradas sejam melhoradas.
O ativista ameaça ainda desencadear novos mecanismos e avançar para paralisações a nível nacional, se a implementação do memorando do entendimento assinado com o governo continuar a ser violado.
“Não vamos pagar o fundo a nível nacional e se houver reação contrária, isto é, da parte do fundo rodoviário, vamos avançar para o passo seguinte, as paralisações, direito que a lei nos reserva”, ameaçou, exigindo ao mesmo tempo que os responsáveis ligados ao setor assumam as suas responsabilidades para resolver, com maior brevidade, os problemas das estradas do país.
Por seu lado, Aristides Francisco Mendes, presidente de associação dos motoristas do Sector Autônomo de Bissau pediu a harmonização nas cobranças de multas, passando a ser uma única coisa para todos e atribuiu responsabilidades aos agentes da viação por todas as atrocidades que ocorrem nas estradas, pelo que devem assumir as responsabilidade dos seus atos e as tarefas que lhes cabem.
Aristides Francisco critica ainda a Câmara Municipal de Bissau, que acusa de proceder às cobranças na paragem, sem reunir as condições necessárias para os motoristas, nomeadamente: espaço para os motoristas, falta da água potável canalizada nem saneamento básico. Ou seja, A edilidade camarária não faz nenhuma conservação higiénica no espaço onde funciona atualmente a paragem central. Por isso, ameaça suspender, para breve, todos os pagamentos que os motoristas fazem à Câmara Municipal de Bissau se se mantiver a situação.
Por: Carolina Djemé