ECONOMIA DA GUINÉ-BISSAU CRESCEU 5,9 POR CENTO EM 2017

A economia da Guiné-Bissau cresceu na ordem de 5,9 por cento em 2017. Este crescimento deve-se ao aumento das receitas de exportação da castanha de caju, segundo o Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), fato que, segundo o banco central, impulsionou o consumo e consequentemente o investimento privado no país.

O feito económico do país foi anunciado, através de um comunicado à imprensa produzido hoje, 16 de Março 2018, que a redação do jornal O Democrata teve acesso. No documento saído no final da primeira reunião [Encontros Trimestral] do ano 2018 entre a direção nacional do BCEAO e os membros do Conselho Nacional de Crédito (CNC), consta que os conselheiros foram informados da taxa de inflação que se fixou em 1,1 por cento em 2017, medida através do Índice Harmonizado dos Preços ao Consumidor (IHPC).

Refere-se ainda que o BCEAO apresentou na ocasião, o novo Dispositivo de Apoio ao Financiamento das Pequenas e Médias Empresas e Pequenas e Médias Indústrias (PME/PMI) da UEMOA, um projeto concebido pelo BCEAO para facilitar o acesso ao financiamento dessa categoria de empresa.

Os conselheiros apelaram a diversificação na produção local, por forma a minimizar os fatores de risco inerentes à estrutura económica da Guiné-Bissau.

Neste sentido, os conselheiros afetos ao CNC, recomendaram, em primeiro lugar, o reforço de seguimento da implementação das recomendações formuladas neste Comité, a pedido do secretário, as estruturas responsáveis devem apresentar um plano de ação.

Em segundo lugar, os conselheiros, face aos níveis crescente de importação do arroz, instaram o Estado da Guiné-Bissau a velar por uma política de substituição e promoção de produtos locais. Finalmente, propõe-se criação a nível do CNC um quadro específico de seguimento da evolução do Novo Dispositivo de apoio ao financiamento das Pequenas e Médias Empresas e Indústrias, após a sua implementação no país.

Saliente-se que a reunião do CNC foi presidida pelo Ministro do Estado, da Economia e Finanças do Governo demitido, João Alage Mamadu Fadia, presidente estatutário deste órgão consultivo voltado ao crédito, num encontro realizado na sede nacional do BCEAO em Brá, Bissau.

Segundo o mesmo comunicado distribuída à imprensa, no decorrer da reunião, os conselheiros analisaram a evolução do sistema financeiro guineense durante o ano 2017, com olhos postos nos preparativos para a campanha de comercialização da castanha de cajú 2018. Debruçaram também sobre os principais desafios, riscos e perspetivas, assim como da situação do financiamento da economia nacional.

“O Conselho foi igualmente informado das decisões formuladas a quando da reunião do Comité de política Monetária do BCEAO de 07 de Março de 2018, nomeadamente a admissibilidade ao refinanciamento no BCEAO das obrigações emitidas pela Caixa Regional de Refinanciamento Hipotecário da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) – CRRH-UEMOA, a possibilidade da remuneração dos depósitos dos Estados Membros no BCEAO e finalmente a manutenção das taxas diretoras do Banco Central, assim como do coeficiente de reservas obrigatórias”, lê-se ainda no comunicado.

 

 

Por: Sene Camará

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