O Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social da Guiné Bissau (SINJOTECS) considera “um atentado” à livre exercício do jornalismo a suspensão do jornalista da Televisão da Guiné Bissau, Baducaram Imbenque.
Em comunicado distribuído à imprensa e às organizações regionais e internacionais de jornalistas a que o jornal O Democrata teve acesso, datado de 15 de janeiro de 2021, o SINJOTECS diz ter auscultado tanto a direção da televisão quanto o jornalista em causa, para um esclarecimento fatual do ocorrido.
O jornalista Baducaram Imbenque foi suspenso na semana passada pelo diretor da única estação de televisão do país, Amadu Djamanca, por supostamente não ter dado “tratamento adequado” ao torneio de unidade nacional entre os órgãos de soberania.
O SINJOTECS considera “precipitada e emotiva” a decisão de suspender “sem culpa formada nem a observância de autodefesa por parte da vítima”, Baducaram Imbenque.
A organização qualifica a decisão como “infeliz” e que a mesma é carregada de postura ” autoritária e abuso de poder”, exortando o Diretor da TGB a pautar pelo cumprimento da sua missão em “observância às leis da República, sobretudo à Constituição e à lei de imprensa”, e incentivar o rigor e profissionalismo no tratamento de acontecimentos na televisão nacional.
Neste sentido, o SINJOTECS exige o levantamento imediato da “inapropriada suspensão” para que o jornalista em causa regresse ao trabalho.
Para além de sugerir que o secretário de Estado de comunicação social, Conco Tureé, acompanhe com “mais cuidado e zelo” o funcionamento da TGB e os restantes órgãos públicos de comunicação social, o SINJOTECS exorta o Presidente da República, Umaro Sissoco Embalo, e o primeiro ministro, Nuno Gomes Nabiam, a estarem atentos aos “abusos e às injustiças” sociais que se praticam contra os jornalistas de órgãos públicos.
Por: Tiago Seide