SUSPENSAS NEGOCIAÇÕES ENTRE PRS E PAIGC

O Partido da Renovação Social (PRS) suspendeu, hoje, 30 de agosto de 2016, o seu  encontro negocial  com Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo verde (PAIGC) para consultar os seus órgãos internos. A decisão dos renovadores  foi anunciada pelo porta-voz da sua delegação negocial, Carlitos Barai.

Segundo Barai, caberá a Comissão Política Nacional do seu partido decidir se vai ou não dar continuidade a rondas de negociações iniciadas na semana passada.

Até a decisão que suspendeu as negociações entre o PRS e PAIGC, as duas formações políticas mais representadas no parlamento, estavam acertar passos para o fim da crise política na Guiné-Bissau, com incidência na ANP.

“Não há nenhum   progresso  quanto à agenda. Os três pontos da agenda são princípios das regras da convivência democrática, causas do bloqueio do normal funcionamento da Assembleia Nacional Popular. Cada partido tem o seu ponto de vista diferente sobre os assuntos em debate e a questão agora é como assegurar a estabilidade para o término da atual legislatura, por isso, não se registou quase nenhuma evolução nas negociações tidas entre os dois partidos”, explicou Carlitos Barai.

O PAIGC, por exemplo, admite, embora sem nenhum acordo firmado, que houve passos significativos dados nos três encontros mantidos entre as partes.

“Só pelo facto de os dois partidos estarem a defender o seu ponto vista com franqueza  constitui um avanço”, afirmou o  Porta-Voz da Delegação do PAIGC, Manecas dos Santos.

Um dos veteranos da guerra de libertação nacional voltou a sublinhar que em nenhum momento os  libertadores não farão parte do governo liderado por um dos seus dissidentes, por isso, segundo Manecas dos Santos, o PAIGC propõe a criação de um governo de unidade nacional para desbloquear o funcionamento do parlamento.

A comunidade internacional, através dos principais parceiros nomeadamente Nações Unidas, União Africana, CEDEAO, CPLP e União Europeia  têm defendido igualmente o diálogo partidário como a única solução para o fim do  impasse político  vigente no país.

 

 

Por. Tiano Badjana

 

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