[REPORTAGEM] O Diretor da Escola Normal Amílcar Cabral (ENAC), Mamadú Baldé, revelou em entrevista a O Democrata que uma das quatro unidades de formação de professores do país, Amílcar Cabral, pode deixar de funcionar devido às carências e acusa o Estado de ter negado assumir a sua responsabilidade.
Detalhando o assunto em pormenores, Mamadú Baldé disse que a escola histórica que funciona desde a era colonial passou por diversas fases. Começou a funcionar em 1966, na altura os alunos iam até quarto nível, ou seja, 4ªclasse. Após a independência passou do quarto nível à 6ª classe e mais tarde alargou os níveis de 6ª para a 9ª classe.
A única escola pública de formação de professores vocacionada para formar professores do ensino Básico de 1ª a 9ª classe, com a duração de três anos tem agora o perfil de entrada para o curso o 12º ano de escolaridade e é feito mediante um processo de exame de admissão administrado pela própria direção da escola.
Bolama, antiga capital da administração colonial, conta com mais de dez mil habitantes, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) de 2009.
BALDÉ: ‘ESTADO NÃO APOIA EM NADA NEM DISPONIBILIZA FUNDOS PARA A ALIMENTAÇÃO’
A escola funcionava apenas em regime do internato, mas por não estar em condições de cumprir com as exigências da procura, garantir a sobrevivência e sustentar o regime de internato está a ter problemas enormes.