[ENTREVISTA] O economista Paulo Gomes, candidato independente classificado na terceira posição nas eleições presidenciais (2014), afirmou que José Mário Vaz é um Presidente da República “inexistente” e ao mesmo tempo ausente de grandes fóruns internacionais importantes, onde podia jogar papel de influência na mobilização de recursos e parcerias junto dos seus homólogos. Acrescentou ainda que o Chefe de Estado guineense, mesmo participando, não propõe ideias concretas na discussão ou análises de grandes assuntos sobre o país e muito menos questões relacionados com a vida política, social e económica do continente.
O ex-alto funcionário do Banco Mundial disse ainda durante a entrevista exclusiva ao semanário “O Democrata” que JOMAV não está à altura de dirigir o país.
‘Desejo que possa ser primeiro Chefe de Estado a terminar o seu mandato, desde a nossa independência. Esse é o meu maior desejo que tenho para ele, mas não está preparado para exercer um segundo mandato, porque não conseguiu agregar, cristalizar aspetos estratégicos, unir os guineenses e cicatrizar esse país, depois de tudo aquilo que o país viveu e as comunidades viveram. Temos que criar uma identidade nacional, porque os fatores étnicos existem ainda. Não queria falar disso, mas eles existem”, notou o político.
Sobre a interferência dos países da sub-região na crise interna guineense, em particular o Senegal, o economista diz que são os próprios guineenses que permitiram que o Senegal entrasse e seja um país influente na Guiné-Bissau. E acrescenta ainda não ver por que Senegal teria mais influência.
‘É mais capaz do que nós em quê? Em números absolutos têm mais recursos humanos, mas com pouco número de recursos humanos que temos, dispomos de pessoas experientes em vários sítios. Cheguei a aconselhar vários governos no Senegal e vários guineenses lá fora foram associados em processos de avaliação no Senegal”.
O Democrata (OD): Paulo Gomes é tido como muito próximo ao líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira. Algumas vozes admitiram o apoio deste a sua candidatura presidencial em 2014 e a probabilidade de uma militância no PAIGC. Já com a intenção de criar o seu próprio partido, alguma coisa terá falhado nesse processo?
Paulo Gomes (PG): Domingos Simões Pereira faz parte da minha geração, mas a minha relação com Eng. Domingos Simões Pereira vai para além da relação humana ou de pessoa. Fui pessoalmente enquadrado pelos dois irmãos de Simões Pereira, sobretudo Bartolomeu Simões Pereira. Primeiro, enquanto pioneiro do PAIGC, aos 11 anos fui representar a Guiné-Bissau numa delegação de pioneiros na antiga União Soviética. Diria que foi o primeiro encontro com a família Simões Pereira.
O irmão mais velho, Bartolomeu Simões Pereira, enquadrou-me em França, na Universidade e foi o primeiro que me recrutou e me deu uma larga formação quando cheguei cá, em Bissau, em 1987. Por isso era importante começar por este fato. Digo que é da minha geração, porque o processo de transformação da Guiné-Bissau vai-se fazer de geração em geração e Domingos Simões Pereira faz parte desta geração como outros fazem também parte do mesmo processo. Penso que dentro dessas gerações haverá troca de ideias e diferença de pensamento e de posição, mas no fundo é termos o país como interesse supremo.
Acredito que partilharemos muita coisa com ele, mas os objetivos políticos que ele tem não são os mesmos que eu tenho. Nas últimas eleições presidenciais, ele teve apoio do PAIGC. Não há dúvidas em como, dentro do partido, havia muita gente que queria me apoiar, Mário Vaz conseguiu esse apoio. Não sou militante do partido. A questão da militância efetiva no partido não está neste momento como uma das minhas prioridades, porque vai fazer com que o problema do país passa a ser gerido em torno da minha pessoa, isso não é adiantamento.
Como defendi claramente, há muitas pessoas que depois do episódio das eleições queriam contribuir para a criação de uma massa crítica de políticos jovens, sobretudo, mulheres, para desempenharem um papel transformador do novo ecossistema político, esta é a minha prioridade. Se dentro desse objetivo houver espaço para a minha presença, no quadro executivo da Guiné-Bissau, poderemos ver as coisas de outra forma, mas a prioridade, como disse em várias ocasiões, talvez não tenha sido bem claro na minha entrevista em Abidjan. Esclareço: a minha prioridade é contribuir para que haja uma massa crítica de personalidades que possam entrar no esquema político para transformar esse país nos próximos anos.
OD: Como pensa fazer isso, através de uma formação política?
PG: O modelo clássico adotado até agora é por meio de partidos políticos, mas não acredito. As vezes haja uma melhor plataforma. Consegui chegar à posição número três nas últimas eleições presidências de 2014, com mais de 16 candidatos, sem haver um partido político que me apoiasse. Não acredito que no ecossistema atual que estamos a viver e com a situação que todos vivem, seja o caminho ideal. Antes de chegarmos nessa decisão de criar uma formação política, temos que ter a certeza que esse partido vai ser diferente dos outros que estão a ser criados ou os que já foram criados. Criar um partido e geri-lo é uma tarefa que não se improvisa. Neste momento, não vejo elementos claros que podem garantir que se criarmos partido, não corremos os riscos de cair nos mesmos problemas que muitos partidos estão a viver neste momento. É, justamente, por isso que há um processo de auscultação. Reparem esta manhã, convidei esta malta para refletir. Porque, criar um partido é fácil, mas sustentá-lo e fazê-lo avançar, sem que haja interferências, ou seja, questões pessoais que poderão destruir a intenção inicial é muito mais difícil.
OD: Guiné-Bissau vive uma crise política e parlamentar há mais de dois anos, sem uma solução a vista, aliás, uma crise que surpreendeu todo o mundo, dado que é protagonizada pelos dirigentes da mesma formação política que dirigem as mais altas instituições da República. Como analisa a atual situação política?
PG: A crise não me surpreendeu. Há mais de dois anos já vos tinha dito, quando tive conversas com os media nacionais, que estava preocupado com a intenção do Presidente em derrubar o governo. Na sequência dessa preocupação decidi visitá-lo de forma direta e fui direto em falar com ele, porque mais uma vez a política clássica é de criticar e especular. Decidi diretamente ver o Presidente para lhe dizer que devia evitar a intenção de derrubar o governo naquela altura e que o país precisava de um período de ‘estado de graça’ para ele poder dirigir e tirar o país da situação em que estava, depois do período de transição e reduzir as vulnerabilidades que temos a nível dos recursos humanos e financeiros.
Ele não deu ouvidos e desencadeou cenário que ele queria, porque certamente pensava que podia controlar tudo e ganhar. Nesse momento, ele é o único que pode resolver esse problema, porque ele o desencadeou e tem toda a responsabilidade de resolvê-lo.
OD: O que acha do roteiro apresentado por José Mário Vaz para a saída da crise?
PG: Não sei por que ele apresentou o roteiro, depois de um roteiro que já estava preparado no momento das discussões em Conacri, nas quais houve um consenso em torno disto.
OD: Esteve em Abuja durante esse processo todo. Qual era consenso chegado?
PG: Era em torno das grandes linhas do acordo de Conacri. O único bloqueio era quem devia ir ao congresso. Mas, isso não era fundamental no quadro do acordo de Conacri. Infelizmente tudo ficou bloqueado em torno dos delegados ao congresso do PAIGC. É por isso que se deve evitar cenários do tipo “terra queimada”, que o próprio Presidente da República criou.
Justamente foi por isso é que foi pedido que era preciso que ele se pudesse colocar acima dos interesses partidários, porque é muito frequente em partidos políticos haver tensões e crises, por isso o Presidente deve ficar fora dessas guerras e turbulências. E nós todos, ou seja, a maior parte da população acreditou nele quando disse que não entraria nas questões políticas e que ia deixar o Primeiro-ministro fazer o seu trabalho. Aliás, a nossa constituição é mesmo assim. Portanto, sabe ele o que deve ser feito, porque é a responsabilidade única do Presidente da República.
OD: O líder do PAIGC negou que o roteiro defendido por Jomav tenha sido discutido na Cimeira de Abuja. Como participante nesse conclave, qual é a sua opinião?
PG: Quando um processo ganha dimensão a esfera internacional, há sempre diferentes agendas eu estou mais interessado na agenda do meu país. Ninguém pode defender melhor os interesses do meu país mais do que eu como guineense. E nesse quadro mais uma vez o Presidente da República tem um papel fundamental no país. Obviamente, que as pessoas vão tentar manobrar para tirar proveitos desse país, porque esse país é vulnerável, tem fraquezas e há pessoas interessadas pelos recursos que tem e possivelmente uma influência sobre esse país.
E cabe ao Presidente criar essa máquina e esse ecossistema para evitar interferências. Os líderes da sub-região que eu conheço, todos sabem que eu, como Presidente da República, não teriam hipótese de entrar e ir contra os interesses da Guiné-Bissau. Sabem que como uma personalidade, não só política, mas também que tem seguido a agenda pan-africana, estou consciente que é importante para o país que haja uma agenda interna a defender, porque ninguém virá defender agenda do nosso país por nós.
Essa relação de respeito e de confiança sempre vem em primeira mão. Aliás, não sou Presidente da República, mas tenho relações de muito alto nível com essas pessoas, ou seja, dito em crioulo nos meus olhos e pela minha forma de ser sabem que “És no ka pudi nan lebisil”. Eu pensava que o Presidente da República ia ter essa atitude, mas não participa nos fóruns, não propõe coisas nos fóruns, não está presente em opiniões internacionais para delinear possibilidades de cenários para África, ou seja, ele está inexistente em tudo e o nosso país foi sempre protagonista da situação ou agenda africana, agora não somos.
JOMAV não está à altura de dirigir o país, mas desejo que possa ser primeiro Chefe de Estado a terminar o seu mandato, desde a nossa independência. Esse é o meu maior desejo, mas não está preparado para exercer um segundo mandato, porque não conseguiu agregar, cristalizar aspetos estratégicos, unir os guineenses e cicatrizar esse país, depois de tudo aquilo que esse país viveu e as comunidades viveram. Temos que criar uma identidade nacional, porque os fatores étnicos existem ainda. Não queria falar disso, mas eles existem.
Temos problemas religiosos, portanto tem que haver umas pessoas que vão ocupar o seu tempo em apagar essas diferenças, e é possível, mas não com José Mário Vaz. Não com essa crise. Há tanta coisa a fazer do que em cada fim-de-semana a estar na tabanca a fazer o quê? Um Presidente da República neste país tem que trabalhar de segunda a domingo. Ou quando vai, vai para multiplicar a sua visão em todo o território nacional, não deliberadamente para uma tabanca ou uma zona. É preciso unir este país. É um “full time job”.
Não é como ser Presidente nos Estados Unidos da América, França, etc. que já têm instituições bem consolidadas, mas aqui estamos na construção de instituições, agregar as pessoas, dar oportunidades aos jovens, às mulheres para que este país possa arrancar, mas ele não soube fazê-lo. Pensava que pudesse e que se tinha preparado para isso, mas não. Não tem estratégias. Manobrou, pensando que dividindo as pessoas podia tirar proveito, não pode. É muito mais complicado que isto, sobretudo quando um país não se cicatrizar como uma nação.
OD: Existem vozes que culpam a CEDEAO pela incapacidade na resolução da crise guineense e algumas até responsabilizam o Senegal, alegadamente por apoiar o Presidente José Mário Vaz. Qual é o seu comentário?
PG: Quem deixou Senegal entrar e ser um país influente na Guiné-Bissau, somos nós. Não vejo por que Senegal teria mais influência, seria mais capaz do que nós em quê? Em números absolutos, têm mais recursos humanos, mas com pouco número de recursos humanos que temos, temos pessoas experientes em vários sítios. Cheguei a aconselhar vários governos no Senegal e vários guineenses lá fora foram associados em processos de avaliação no Senegal.
Não vejo o que dá ao Senegal a capacidade de pensar que pode influenciar este país, se não percebeu que José Mário Vaz é uma pessoa que se podia manipular para que possam ter um papel de influência nesta situação que estamos a viver.
OD: Como encarra o seu estatuto de político guineense e ao mesmo tempo Conselheiro do Presidente Alpha Condé, mediador da crise guineense?
PG: A começar, sou conselheiro de Alpha Condé, tomem nota disso, do Presidente Paul Kagame de Ruanda, do Governo de Singapura e de um dos homens mais ricos do mundo, e ao mesmo tempo da África, Alhaji Aliko Dangote. Sou um profissional, um financeiro que teve oportunidades que fazem de mim agora uma personalidade no ecossistema africano que é chamada para várias opiniões. Que fique claro, não sou político e, antes de tudo, eu era conselheiro do Presidente Alpha Condé antes da crise política. Não apoiei JOMAV nas eleições presidenciais. Ele teve apoio do PAIGC.
OD: Apesar da persistência da crise político institucional, do bloqueio do Parlamento, manifestações promovidas pelo Coletivo de Partidos Políticos, as instituições financeiras internacionais com destaque para o FMI têm vindo a elogiar bons desempenhos do atual executivo liderado por Úmaro Sissoco Embaló. Como analisa esse paradoxo?
PG: Conheço bem o Ministro das Finanças, João Aladje Fadia, um bom quadro, que exerceu no Banco Central, BCEAO. Trabalhei muito com ele e admito que conseguiu, em grande medida, controlar alguns aspetos macroeconómicos do país, mas, como sabem, o desenvolvimento de um país não se limita apenas ao quadro macroeconómico e o Fundo Monetário Internacional que olha essencialmente para questões macroeconómicas. Essa é, às vezes, a grande diferença entre FMI e o Banco Mundial. Quero ver aqui um perito do FMI e do Banco Mundial, porque muitos foram meus colegas, outros trabalharam comigo e hierarquicamente eu estava acima de muitas dessas pessoas, que vai-me dizer que os indicadores do desenvolvimento da Guiné-Bissau são bons, para podermos ver de que indicadores estão a falar, de saúde, educação, do investimento estrangeiro em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), da nossa situação fiscal, obviamente, há questões de inflação.
Nós temos um Banco Central regional, então estamos no quadro de uma política monetária que não permite ter uma inflação em vários dígitos. Como sabem, a inflação é apenas os preços e não resolvem a questão do poder de compra do coitado guineense e da mãe que procura cada dia um bocado de franco CFA para resolver os problemas de saúde. Onde é que estamos? O hospital de referência agora para o guineense é Ziguinchor, hospital de periferia!
O Fundo Monetário Internacional fixa apenas os objetivos que acha serem bons para um país. Cabe ao país definir se são bons ou não. Basta restabelecer a relação entre os números, de ordem macroeconómica e a condição de vida de desenvolvimento, poderemos concluir que os resultados são projetados para essa direção macroeconómica. E Fadia sabe disso, portanto devo felicitá-lo pelos números conseguidos no quadro macroeconómico, mas isso representa apenas 20% daquilo que deve ser os indicadores para que o país possa avançar, portanto, os 20% resultantes do caráter macroeconómico estão mais ou menos bem controlados e ele sabe bem disso.
Mas o desenvolvimento de um país, as condições de vida da população, para preparar a geração futura quer na saúde e educação vai para além dos indicadores macroeconómicos. O perito do FMI, quando vem, não olha por outros indicadores de ordem social e de atração do desenvolvimento estrangeiro, que são fundamentais para um crescimento forte da economia de um país na ordem dos 6 e 7%. Apenas avaliam a componente macroeconómica, porque qualquer crescimento situado na ordem dos 6 ou 7% permite lutar contra a pobreza, mas não é isso que estamos a ter. É uma falta de ambição, julgando que temos que avaliar a nossa performance económica apenas olhando nos indicadores macroeconómicos.
OD: Como economista, como avalia a performance económica do atual executivo?
PG: Este executivo não pode estar no bom caminho, porque no universo dos 80% necessários para ter um crescimento acelerado não está a consegui-lo e só tem 20% e devem acreditar que não vai consegui-lo, devido à falta de investimento estrangeiro que devia entrar para esse país bem como a falta da confiança da Comunidade Internacional para aumentar a poupança interna que não temos. Ficarei, claro, surpreendido se atual executivo estiver a pensar que a performance é boa.
OD: Senhor vai se apresentar de novo às eleições presidenciais em 2019?
PG: É uma das questões menos importantes neste momento para mim. Peço aos media para poderem disseminar essa mensagem. Eu tinha-vos dito que ia às eleições de 2014 de forma independente, fui. Disse que ia fazer uma campanha eleitoral civilizada, fi-la. E disse que ia reconhecer se fossem transparentes, reconheci. Prometi que imediatamente ia ajudar o país, ajudei-o na Mesa Redonda de Bruxelas, quer na preparação dos documentos quer na sensibilização da comunidade internacional.
Por: Assana Sambú, Filomeno Sambú e Sene Camará
Caro colegas
Agradeco muito. Foi uma entrevista esclarecidora sobre a situacao politica e economica do pais! Paulo e’ um homem ciente e esclarecidor que muito pode ajudar a Guine-Bissau. Mas ele sozinho nao consegue. Por isso precisa de ajuda de todos, sobretudo dos medias para alcancar os seus objectivos.
O jornal tem me surpreendido muito na sua linha editorial.
Espero que assim seja para todos os tempos.
Abraco
Boas festas e um Ano Novo cheio de coisas novas.
Bye
e isso que se chama do quadros,nao e so levantar e diz a barbaridade como os utro.o a mesma coisa que o paulo disse ai o actual ministro das finaças fadia diz o mesmo todos os dois sao grandes quadro do pais e bom dar meritos a quem mereci ,que deus abencoa guine e seus filhos
Esta tudo dito meu conterrâneo, Paulo Gomes, por isso que eu, digo José Mário Vaz esta longe ser homem de estado ou seja vai continuar ser chefe nunca ira ser um lideres que os guineenses procura neste momento só lhe apoia quem estar comer e beber ao seu lado ou seja chupa pila como Botche Cande, que esta roubar terrenos dos outros nem obedeceu decisões de tribunal e ainda começou construir o prédio de novo, sem acatar decisões de tribunal só na guine!! vamos ver
Concordo com análise do Paulo Gomes. o presidente criou a crise e agora quer trânsferí-lo para o parlamento e paigc. Todos os guineenses sabem que o paigc foi e é e será sempre epicêntrico de problemas e crises no país. Mas, pelo menos, aquilo que estávamos a acompanhar, avanços que vimos do governo de Simões dava para acreditar em mudança. Infelizmente, o presidente pela agenda que tem com o grupo dos chamados 15, não deixou o governo continuar, preferiu fazer o que lhe apetece. O presidente não é Deus, mesmo Deus no seu trono tem Jesus Cristo e Espírito Santo como conselheiros, mas o presidente não deu ouvido aos régulos, ansiões religiosos, sociedade civil, nem mesmo alguns de seus conselheiros diretos. As pessoas votaram nele porque tiveram medo de o senhor Nuno ou senhor Paulo derrubassem o governo de Simões, afinal seria mesmo o Jomav a atrair o povo. Eu não sei se o povo vai lebrar da forma como o governo foi formado. No governo estava representado quase todos os partidos, assim no parlamento até se ouvia a canção “PA NO UNI, PA NO MAMA” foi início de um sonho de guiné melhor, mas o presidente acabou com isso.
Cadê a límpeza que se fazia no final de cada mês?
Cadê internet que estava ser colocado nas praças de bissau e nas regiões, as eletricidade nas regiõs?
Cadê as festinhas nas ruas para engariação de fundos?
Cadê o fogo de artifício na virada, que pela primeira vez nos alegrou?
Nao preciso de resposta, mas trouxe essas reflexões para nós todos. o governo pode ter seus erros, mas nao devia ser derrubado pelo presidente e seus alhiados. “BARIDURIS DI PADJA, MA NADA EKA PUDI GORA”
Espero que o presidente peça desculpa ao povo, porque não respeitou suas palavras, enganou e atraiu o povo. principalmente do discurso que fez na ANP e minutos depois exonerou o governo. contrariou o seu discurso.
Para o povo guineense em geral, é preciso refletir sobre o partido paigc. Não nos deram escola desde a independência porque estão com medo de nos abrir os olhos. Querem nos ver a correr atrás dos carros nos momentos da campanha, dar blusas, sacos de arroz. É basta, precisamos parar e pensar e decidir, INFERNO OU GLORIA!
É ASSIM QUE SE FALA UM HOMEM COM CARÁCTER E COM SENTIDO DE DESENVOLVIMENTO. SÓ QUEM NÃO VÉ É QUE PODE AFIRMAR QUE O PAÍS ESTA BEM,PRECISAMOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIRO PARA AUMENTAR A POUPANÇA INTERNA DO PAÍS,POR ISSO ESSA INSTABILIDADE CRIADA POR JOMAV E OS SEUS CÚMPLICES TEM QUE ACABAR PARA QUE O PAÍS POSSA AVANÇAR RUMO AO DESENVOLVIMENTO QUE TODOS QUEREMOS COMO GUINEENSE.
Ao Doutor Paulo Gomes, simplesmente agradeço pelos esforços feitos na tentativa de comutar essa crise que se alastra no país, cujos protagonistas parecem ser tudo menos guineenses.
Precisamos de pessoas com visão e com simplesmente com interesses obscuros.
Se for valer de alguma coisa, pedia encarecidamente ao Doutor que se apresentasse como candidato para as presidências de 2019, caso venha a ter mesmo lugar.
Assana Sambú, Filomeno Sambú e Sene Camará, à vocês agradeço pelo brilhante trabalho que têm feito para informar, de forma imparcial, ao povo guineense.
Meus obrigados à todos vós!