O deputado Braima Camará, vulgo Bá Quecuto, espera ver todas as partes envolvidas no ‘fim crise política’ serem tidas em conta na formação do Governo que será liderado pelo recém-nomeado Primeiro-ministro, Aristides Gomes, especialmente o grupo dos 15 deputados dissidentes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Braima Camará falava à imprensa a margem da Sessão Extraordinária da ANP para a eleição do novo Secretariado Executivo da Comissão Nacional das Eleições (CNE) assim como para a discussão e aprovação do Projeto Lei de prorrogação da IX legislatura.
Camará elogiou o entendimento alcançado entre as partes envolvidas no impasse político e as entidades que ajudaram na mediação para alcançar a presente saída, que resultou da Sessão parlamentar de hoje.
O rosto do grupo dos 15 deputados dissidentes do PAIGC acredita que é possível uma reconciliação, sublinhando que a violência e radicalização nunca ajudarão ninguém. Porém, o diálogo, o recurso que sempre elegeram como a via para a saída da crise, esse sim.
Sobre a prorrogação da atual legislatura, Braima Camará diz que, para a efetivação desse assunto, além de votação dos deputados, requer uma apreciação da parte do Supremo Tribunal de Justiça e da Procuradoria Geral da República.
Deixou claro que os deputados dissidentes do PAIGC esperam uma reintegração incondicional tal como plasmado no “Acordo de Conacri”. Braima Camará deu está resposta quando foi questionado do motivo pelo qual não tomou parte na concertação da bancada parlamentar dos libertadores, antes de início de votação dos novos membros do Secretariado Executivo da CNE.
Para Camará a reintegração incondicional deverá incluir todos os dirigentes e militantes expulsos do PAIGC.
Por: Sene Camará