O Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, anunciou no fim da tarde de hoje, 02 de junho 2018, que cinco países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), manifestaram a disponibilidade de participar com o apoio para a realização das eleições legislativas agendadas para o mês de Novembro do ano em curso.
O chefe do executivo guineense falava à imprensa no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, depois da sua chegada de Conacri, onde concluiu um périplo iniciado no passado dia 29 de maio último, que o levou sucessivamente a Senegal, Costa de Marfim, Togo, Gana e Guiné-Conakry.
Aristides Gomes disse na sua declaração aos jornalistas que o balanço da sua visita “é extremamente positivo”.
“CEDEAO está a seguir o processo do país com muito entusiasmo. Também (esses países) compreenderam muito bem aquilo que nós queremos. Renovam cada vez mais a vontade de nos acompanhar neste processo, nós é que seremos decisores. Eles pura e simplesmente vão continuar apoiar a Guiné-Bissau para que se possa sair da crise política uma vez por todas”, assegurou o primeiro-ministro, para de seguida esclarecer que a visita efetuada a cinco países da sub-região, visa partilhar a informação com os respectivos chefes de Estados, sobre os avanços do processo que irá conduzir a Guiné-Bissau para as eleições legislativas.
Gomes precisa aos jornalistas que o objetivo da viajem não era de pedir dinheiro para a realização de eleições, mas “há promessas que nós não esperávamos de participar como participa a comunidade internacional na organização das nossas eleições”.
“Queria lançar um apelo aos atores políticos que deverão participar nessas eleições, para que sejam otimistas. Haverá meios para as eleições e serão organizadas de modo a satisfazer toda gente através da criação de um clima de transparência como sempre foram organizadas no país”, afirmou.
Questionado sobre como vai resolver a divergência entre os renovadores e os libertadores (PAIGC E PRS) sobre os cenários para a realização do recenseamento eleitoral, disse que o governo vai injetar mais dinheiro no processo.
“Eu penso que os atores em questão devem trabalhar no sentido de ajudar o governo para que haja o entendimento, porque nós trabalhamos a favor da transparência para as eleições de Novembro próximo”, observou o chefe do executivo guineense.
Por: Assana Sambú
Foto: Braima Darame