O Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social da Guiné-Bissau (SINJOTECS) acusa o governo de estar a “amedrontar” trabalhadores dos órgãos da comunicação social públicos que se encontram de greve.
Acusação vem expressa em comunicado distribuído à imprensa em que o sindicato diz que o governo em vez de encontrar solução para os problemas levantados, “através do Ministério da Comunicação Social em conluio com a Direção de órgãos”, têm assumido atitudes que visam “amedrontar” os trabalhadores a desistirem das “suas justas reivindicações”.
O SINJOTECS fundamente no comunciado que “essas atitudes de amedrontar” consubstanciam-se na colocação de agentes de Polícia no Centro emissor de Nhacra, a trinta quilometro de Bissau, recusa em negociar serviços mínimos, no amedrontamento a alguns colaboradores e a exigência da entrega de gabinete onde funcionava a direção do sindicato de base da Rádio Difusão Nacional (RDN).
Os sindicatos iniciaram hoje, 06 de agosto 2018, a nova paralisação que deve durar cinco dias. Os sindicatos querem desta vez que o patronato cumpra todos os compromissos assumidos e que estiveram na origem das paralisações.
SNJOTECS qualifica de “falta de interesse” do governo em honrar as suas promessas, por isso apela aos titulares dos órgãos de soberania, nomeadamente ao Presidente da República e o presidente da ANP a advertirem o Governo no sentido de assumir às suas responsabilidades.
Apela igualmente aos trabalhadores dos órgãos públicos de informação, nomeadamente a Televião da Guiné-Bissau (TGB), a Rádio Difusão Nacional (RDN), o Jornal Nô Pintcha e a Agência Nacional da Guiné de Informação (ANG), a manterem-se fiéis aos sindicatos de base e lutar com a determinação pelos seus direitos.
Em relação à Sociedade Civil, o SINJOTECS pede que acompanhe as reivindicações dos órgãos públicos com vista a evitar situações capazes de ter contornos graves no futuro, tendo ameaçado boicotar todas a s atividades de comunicação ligadas ao processo de eleições, caso o governo persistir com o comportamento que tem assumido até agora.
Ao mesmo tempo diz que se reserva ao direito de denunciar junto dos parceiros internacionais “as manobras maquiavélicas” do patronato que visam fragilizar a atividade sindical e violar ”gravemente” os direitos dos trabalhadores.
Por: Redação