O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, advertiu que a não realização das eleições em 2018 seria pôr em causa a própria soberania nacional. No entanto, assegurou que o Presidente José Mário Vaz deve continuar a trabalhar no sentido de serem ultrapassadas todas as eventuais falhas do processo de recenseamento eleitoral.
O político falava aos jornalistas depois de uma reunião de mais de uma hora convocada por José Mário Vaz, com o fito de analisar a situação do processo de recenseamento eleitoral bem como informá-los da mensagem que vai transmitir ao seu homólogo nigeriano, Mhoamed Buhari, enquanto Presidente em exercício da Conferência de Chefes de Estado e do Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Simões Pereira disse que o seu partido tomou parte na reunião com absoluta disponibilidade para contribuir e acompanhar o Presidente da República nos esforços que eventualmente esteja a fazer. Contudo, confessou que tiveram algumas dificuldades em compreender os propósitos da reunião.
“Mas pareceu-nos que a ideia foi no sentido de dizer que não há condições para marcar as eleições até que a questão do recenseamento seja melhor definida. Respeitamos esse princípio e simplesmente tentamos fazer o Presidente da República compreender que um Estado só é considerado normal, quando cumpre os seus dispositivos constitucionais”, notou.
Recordou que o país realizou as últimas eleições em abril de 2014, tendo frisado que “o fato de não termos conseguido realizar as eleições em abril de 2018, já era grave! Não poder realizá-las em novembro deste ano, conforme o próprio Presidente da República marcou, para nós configura mais outra situação grave. Agora, não realizar em 2018 seria pôr em causa a própria soberania do nosso país”.
Refira-se que o Conselho de Estado é um órgão de consulta não vinculativa do Presidente da República. É constituido pelos líderes de partidos com representação parlamentar, titulares de órgãos de soberania (Presidente da ANP, Primeiro-ministro e Presidente do Supremo Tribunal de Justiça) bem como de cinco figuras indicadas pelo Presidente da República.
Por: Assana Sambú
Disse isso porque está convencido na aldrabice do recenseamento que faz com o seu grupinho “PAIGC “.