COMUNIDADE GUINEENSE LAMENTA CANCELAMENTO DE REGISTO ELEITORAL EM COIMBRA E NORTE DE PORTUGAL E QUER INTERVENÇÃO DO PRESIDENTE

A comunidade guineense em Coimbra lamentou o cancelamento do processo de recenseamento eleitoral na zona centro de Portugal, nomeadamente em Coimbra, Aveiro, Águeda e toda a zona norte daquele país europeu da expressão portuguesa. Na carta datada de 26 do mês em curso e que a redação do Jornal O Democrata teve acesso, a comunidade diz estar preocupada com o silêncio das autoridades competentes no concernente ao cancelamento do registo eleitoral nestas zonas.
“Desde o último e-mail enviado pela nossa Embaixada em Lisboa que, endereçou uma comunicação à Organização dos Estudantes Guineenses em Coimbra sobre o cancelamento do processo de recenseamento “sine die”, já se passaram duas semanas e ainda não tivemos nenhum comunicado oficial das autoridades competentes sobre a matéria”, lê-se na carta endereçada ao Chefe de Estado guineense, todavia sublinha que a razão do cancelamento do processo de recenseamento invocada no e-mail da Embaixada não descreve em pormenores as verdadeiras razões do cancelamento do processo, limitando apenas a evocar “ razões superiores”.
“Entendemos que não podemos ser excluídos neste pleito eleitoral por ser muito crucial e de grande importância para o futuro do nosso país. Acreditamos que é do interesse da V. Excelência de ver um recenseamento mais inclusivo possível, e um processo eleitoral justo, livre e transparente. Sendo assim, acreditamos que não permitirá que esta situação permaneça irresolvida”, sustenta a missiva da comunidade guineense residente em Coimbra.
“ Direitos, liberdades e garantias previstas na Constituição da República da Guiné-Bissau são direitos inalienáveis e intransmissíveis, que obrigam as autoridades competentes proteger e o dever de garantir o seu exercício”, espelha a comunidade na sua carta, para de seguida afirmar que o direito ao voto nunca pode ser posto em causa por mera negligência da administração eleitoral.
No entanto, informa que os cidadãos guineenses residentes na diáspora, em particular os guineenses residentes em Coimbra, gozam do direito cívico, e têm capacidade eleitoral passiva e ativa na escolha dos titulares dos órgãos do poder político. Por isso, apela o Presidente José Mário Vaz que se posicione e use a sua influência para a retoma urgente do processo de recenseamento.
Por: Redação

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