Em protesto por causa da greve: ESTUDANTES AMEAÇAM PARALISAR TODOS OS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES E DE FORMAÇÃO SUPERIOR

Os estudantes guineenses das escolas públicas, em colaboração com as organizações juvenis, ameaçaram esta quinta-feira, 13 de dezembro 2018, sair à rua em protesto contra a greve das organizações sindicais que impedem o funcionamento das escolas públicas há quase três meses. Os estudantes saem à rua amanhã (sexta-feira) para marchar pacificamente contra a não abertura das salas de aulas e pedem solidariedade de todas as escolas privadas, centros de formação superior, mas também dos jardins infantis.

A marcha  visa exigir o início das aulas nas escolas públicas. Caso contrário, prometem avançar com outras formas de manifestação pública, avisando que as consequências daquelas manifestações serão da responsabilidade exclusiva do governo e dos autores responsáveis pela greve.

O Coordenador da “Carta 21” [uma iniciativa que engloba os estudantes das escolas públicas e privadas], Franique Alberto da Silva, pediu às famílias guineenses para amararem lenços pretos a porta dos seus lares e a acenderem velas para simbolizar desgosto perante a situação.

“A partir de amanha, não queremos ver nenhum pai levar os seus filhos às escolas. Não queremos ver Jardins Infantis, Universidades, Escolas de Língua e Formação Técnica abertas. Quem insistir em abrir a escola, não nos responsabilizamos pelo que acontecer. Não será da nossa responsabilidade, mas do governo e dos sindicatos. Já cá estamos faz 18 dias sob o sol e sereno, sem uma solução a vista”, advertiu.

Exortou o Presidente da República, José Mário Vaz, como primeiro magistrado da nação guineense, a promover discussões sobre a atual crise no ensino guineense, a fim de apaziguar os ânimos.

Presente na conferência de imprensa, o presidente da Rede Nacional das Associações Juvenis (RENAJ) em representação das organizações juvenis, Gueri Gomes Lopes, disse que há falta de responsabilidade nas negociações.

No entanto, advertiu que se a situação continuar, vão criar distúrbios a nível nacional, através de consecutivas marchas, que afetarão o funcionamento do país.

 

 

 

Por: Epifania Mendonça

Foto: E.M 

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