Os três sindicatos de professores, nomeadamente o Sindicato Nacional de Professores (SINAPROF), o Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF) e o Sindicato dos Professores e de Funcionários da Escola Superior da Educação ESE, recusaram rubricar um memorando negociado com o executivo para acabar com a onda de greves nas escolas públicas.
As negociações entre o governo liderado por Aristides Gomes e os sindicatos sindicatos, foram facilitadas pelo Presidente da República, José Mário Vaz e pelo Secretário Geral da União Nacional dos Trabalhadores (UNTG), pelas associações dos pais e encarregados da educação de alunos e pelas organizações juvenis.
O comportamento dos líderes sindicais levou o chefe de Estado a abandonar a mesa de negociações perante a comunicação social. O ministro da Educação Nacional, Camilo Simões Pereira, revelou aos jornalistas que na quinta-feira passada, o Governo tinha chegado a um entendimento com os sindicatos, concordando ambas as partes que assinariam o memorando no dia seguinte, mas não compareceram.
O governante informou que a falta de comparência dos sindicatos na semana levou o chefe de Estado a convocar novo encontro na Presidência da República para esta segunda-feira, 17 de dezembro. Porém, mais uma vez recusaram assinar sem se justificarem, num claro gesto “de falta de vontade”.
O Presidente da Rede Nacional das Associações Juvenis (RENAJ), Guery Gomes Lopes, considerou lamentável a situação na medida em que as partes estão a pôr em causa o fundamento da pátria e o patriotismo. Acrescentou que não se pode trabalhar até este momento, sem que haja uma solução para ultrapassar a greve no setor da educação.
“Todos nós saímos muito desiludidos deste encontro. Portanto, vamos retornar à nossa base frente ao Ministério da Educação para continuarmos a pressionar o Governo. Ou o país fica parado de uma vez para sempre ou as escolas públicas abrem as portas o mais rápido possível”, advertiu Guery Lopes.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A