António Afonso Té, líder do Partido Republicano da Independência para o Desenvolvimento (PRID), defendeu este domingo, 06 de janeiro 2019, a realização do referendo popular depois das eleições legislativas de março, por forma a implementar o sistema “Presidencialista” na Guiné-Bissau. Para o político que falava aos jornalistas depois da sua reeleição no terceiro Congresso Ordinário do seu partido, a mudança do sistema do regime vigente pode ajudar o país sair da situação em que se encontra há mais de 20 anos.
António Afonso Té, foi reeleito para mais um mandato de quatro anos a frente do PRID, com 836 votos a favor, 10 votos contra e 4 abstenções, no universo de 1005 delegados vindos de diferentes regiões do país.
O terceiro congresso ordinário do PRID foi realizado nas instalações da União Desportivo Internacional de Bissau (UDIB), sob o lema “Restruturação do partido, coesão interna e unidade nacional por uma nação com instituições fortes”, onde o líder cessante, António Afonso Té apresentou-se como o único candidato a sua própria sucessão.
“As eleições legislativas marcadas para 10 março são como campeonato do mundo que decorreu em 2018 na Rússia, em que não houve favorito. Por isso, vamos trabalhar arduamente para que possamos atingir bom resultado. Não há favorito para escrutínio de março”, assegurou Afonso Té.
Relativamente à questão do referendo sugerido por Presidente José Mário Vaz e com o propósito de mudar o sistema político, o presidente reeleito do partido republicano, assegurou que se o país tiver condições para fazer o referendo é bom avançar para isso, porque conforme diz “já ensaiamos um sistema político denominado “Semi-presidencialista”, durante 20 anos e continuamos com o mesmo resultado. Portanto, é preciso ensaiar outro sistema político neste caso “presidencialista” para ver qual será o resultado no futuro.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A