O Movimento de Salvação do Partido da Renovação Social e da Memória de Koumba Yalá (MS-PRS), liderado pelo antigo presidente da Assembleia Nacional Popular e um dos fundadores do partido, O Professor Ibraima Sori Djaló, pediu esta segunda-feira, 18 de março, a demissão coletiva da direção superior do PRS dirigida por Alberto N’Bunhe Nambeia, num prazo não superior a 48 horas.
O pedido de demissão consta numa carta enviada ao presidente do Partido, com o conhecimento do Secretário-geral, Florentino Mendes Pereira.
A carta assinada pelo Coordenador do Movimento e antigo presidente interino do partido PRS a que a redação do Jornal O Democrata teve acesso sustenta que, “pelo superior interesse da subsistência do partido, da democracia na Guiné-Bissau e da própria nação, é chegada a hora de permitir que os militantes renovem democraticamente a sua confiança em novas pessoas”.
“Como é do seu conhecimento, Senhor presidente, o desastroso resultado destas eleições teve consequências incalculáveis para o partido e inevitavelmente e também para o país e levou a perda de 20 deputados de uma só vez, passando de 41 para uns escassos 21. Esse desempenho tem que ter consequências nas figuras do partido a quem se possa atribuir tais resultados, como é o caso da Vossa Excelência”, lê-se. O movimento pede a sua demissão juntamente com toda a sua equipa no prazo de 48 horas, caso contrário, acionará os mecanismos com vista ao afastamento de Alberto Nambeia da liderança do partido fundado por Koumba Yalá.
O movimento foi constituído no seguimento dos resultados eleitorais obtidos nas eleições legislativas do passado dia 10 de março. Segundo a carta, o movimento pretende salvar o partido para evitar que as possíveis implicações nefastas dos resultados alcançados possam pôr em causa a subsistência do partido enquanto formação política e enquanto estrutura basilar na sociedade guineense.
Por: Assana Sambú
Mais do que serto… Não precisava uma carta.