SORI DJALÓ AMEAÇA ENTREGAR DIRIGENTES DO PRS AO MINISTÉRIO PÚBLICO POR CRIMES DE CORRUPÇÃO

Ibraima Sori Djaló, líder do Movimento de Salvação do Partido da Renovação Social (PRS) e Memória do Presidente Koumba Yalá (MS- PRS), ameaçou esta sexta-feira, 29 de março de 2019, entregar os dirigentes dos renovadores ao Ministério Público por crimes de corrupção cometidos nos sucessivos governos em que participaram durante a nona legislatura.

O antigo presidente da Assembleia Nacional Popular e ex-presidente interino dos renovadores fez estas ameaças durante uma conferência de imprensa realizada numa das unidades hoteleiras da capital Bissau, na qual voltou a exigir a demissão em bloco da direção dirigida por Alberto Nambeia, para o bem do próprio partido bem como dos seus dirigentes e militantes.

Djaló disse que o movimento que dirige tem na sua posse provas do envolvimento dos dirigentes daquela formação política na corrupção nos sucessivos governos em que participaram, tendo-os acusando de adquirir imoveis no país e no estrangeiro com dinheiro público. No entanto, aconselhou o presidente Nambeia a demitir-se da sua função juntamente com todos os elementos da sua direcção, caso contrário, avançará com denúncias sérias de corrupção na Procuradoria Geral da República.

Enfantizou neste particular que o partido fundado por Koumba Yalá não foi criado para clientelismos ou para ser transformado em empresa privada. Sustentou que o PRS foi criado para servir o povo guineense, insistindo que se eles que estiveram a frente do partido nos primeiros momentos tivessem optado pelo caminho da corrupção, hoje também estariam ricos.

“A corrupção, o clientelismo político, o nepotismo na seleção de candidatos a deputados e aos cargos públicos, o policiamento de alguns jovens instruídos por alguém, retaliação por exprimir ideais ou opiniões contrárias, o afastamento como cabeça de listas, ou relegação para lugares ilegíveis, altos dirigentes aos cargos de deputados em diferentes círculos eleitorais”, assegurou o político para de seguida revelar que a “prepotência, a intriga e a intimidação ganharam proporções nunca antes vistas no partido”.

Assegurou que muitos dirigentes perderam a coragem de criticar a direcção para não perderam os seus lugares, porque “muitos chegaram onde hoje estão graças à alguma contrapartida ou favoritismo. Acusou o Embaixador Malam Sambú (dirigente dos renovadores e Embaixador da Guiné-Bissau na República Popular da China) de ser o instigador da crise interna nos renovadores, porque  “queria ser primeiro-ministro em caso de uma vitória do partido nas eleições legislativas de 10 de março”.

Por: Assana Sambú
Foto: AS

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