A Organização Mundial de Saúde (OMS) apelou aos governos, às instituições acadêmicas e de investigação e ao setor privado no sentido de reforçarem a colaboração para integração da medicina tradicional africana nos programas de formação, de acordo com a intenção dos profissionais de saúde, estudantes e investigadores.
Na sua mensagem, no quadro de celebração do dia da medicina tradicional africana que se celebra hoje, 31 de agosto de 2019, a que O Democrata teve acesso, a Diretora Regional da OMS para a África, Dra. Matshidiso Rebecca Natalie Moeti, revelou que a maioria da população na região africana utiliza a medicina tradicional para satisfazer as necessidades em termos de cuidados de saúde. De acordo com os dados disponíveis, esta utilização atribui 70% inclusão ao Benin e 90% ao Burundi e à Etiópia.
No mesmo documento, a OMS informa igualmente que 40 Estados membros estão a implementar políticas de medicina tradicional, incluindo a sua integração nos currículos das ciências da saúde “o que representa um aumento extraordinário” comparado com oito (8) países em 2000. O documento sublinha, no entanto, que neste momento três (33) institutos de investigação estão a avaliar a qualidade, a segurança e a eficácia dos medicamentos tradicionais utilizados no combate ao paludismo, às infecções oportunistas relacionadas com o VIH/SIDA, bem como às diabetes, à hipertensão e à anemia falciforme, adoptando assim as orientações da OMS sobre essas enfermidades.
Dados da OMS indicam ainda que, em 2018, foram emitidas oitenta e nove (89) autorizações de introdução no mercado de medicamentos tradicionais utilizados no tratamento de doenças transmissíveis e não transmissíveis, incluídos quarenta e três (43 ) produtos de medicina tradicional nas listas nacionais de medicamentos essenciais. No documento, revela-se que a OMS já desenvolveu e testou, no terreno, instrumentos de formação de medicina tradicional com estudantes de farmácia e de medicina em 14 Estados membros.
Por: Carolina Djeme