O candidato apoiado pelo Partido Unido Social Democrático (PUSD), Gabriel Fernando Indi, apelou a todos os candidatos concorrentes às eleições presidências de 24 de novembro a apostarem em discursos moderados, que promovam a união entre os guineenses, não a discursos de incitação à violência, ódio e ao medo.
O apelo foi lançado depois da visita que efetuou esta quinta-feira, 7 de novembro de 2019, a paragem (estação central de transportes intercidades) central de Bissau para contatos com os eleitores e para se inteirar da situação real em que se encontra a paragem de Bissau.
Em declaração aos jornalistas, Gabriel Fernando Indi teceu duras críticas à classe política guineense e desafia todos os atores envolvidos na atual crise político-institucional a apresentarem estratégias para sairmos da atual situação em que o país se encontra, sustentando que ele é a solução para a atual crise na Guiné-Bissau. Garantiu, que se for eleito presidente, durante a vigência da sua presidência, não permitirá nenhuma interferência externa nos assuntos internos da Guiné-Bissau venha ela de onde vier, muito menos de países vizinhos e convocará um congresso nacional, que envolverá todos os guineense a nível do país como também os técnicos e quadros residentes na diáspora (África e Europa) para debaterem os diferentes estrangulamentos e procurar soluções mais consentâneas que levem a uma verdadeira reconciliação nacional.
Indicou que o passo seguinte será, na sua perspetiva, o de reunir todos os chefes de Estados de diferentes países da sub-região para persuadi-los e, consequentemente, mostrar a estes mesmos países que os guineenses são capazes de se unirem a volta de uma única questão, a estabilidade do país, e resolver os seus problemas internamente, sem interferência nenhuma.
“É preciso abdicar de fomentar divisões internas no seio da família guineense, sobretudo a étnica e a religiosa”, aconselhou.
Em reação à situação da estação central, Gabriel Indi considerou ser vergonhosa a situação higiénica da paragem. Outra aposta é trabalhar em sinergias com o governo para melhorar a situação de saúde e educação, para garantir que haja paz social na Guiné-Bissau, bem com garantir que todos os guineenses tenham a estabilidade necessária.
Por: Carolina Djemé
Foto: C.D