O ministro da Defesa Nacional do governo liderado por Nuno Gomes Nabian, Sandji Fati, presidiu esta quarta-feira, 18 de março de 2020, a sua primeira reunião do Conselho Superior Militar, órgão consultivo do ministro da Defesa Nacional, e afasta qualquer hipótese de o encontro estar relacionado a quaisquer ameaças à segurança nacional.
A reunião contou com as presenças do chefe de Estado Maior das Forças Aramadas da Guiné-Bissau, Biague Na N´tam, chefes de ramos, presidente do Tribunal Superior Militar, Daba Na Walna, diretor da Política da Defesa Nacional, Malam Camará e do Inspetor Regional do Ministério da Defesa, Tomás Djassi.
À saída da reunião, Sandji Fati esclareceu aos jornalistas que se houvessem ameaças eminentes à segurança nacional teriam sido detetadas em cada momento a partir de um estudo que é feito por cada país.
“Neste momento o país não está sob a ameaça nenhuma, salvo a que o Presidente da República chamou de “inimigo invisível”, o novo Coronavírus-Covid-19, que constitui uma ameaça a qualquer cidadão e contra quem todos nós devemos lutar para combatê-la, independentemente da nossa cor partidária, a nossa filosofia ou a ideologia que possamos ter em relação a essa situação ”, advertiu.
O ministro da Defesa Nacional anunciou que as Forças Armadas dispõem de um serviço de saúde militar que neste momento está incorporado dentro do Sistema de Saúde Nacional (SNS) que poderá intervir para ajudar no processo de prevenção de Covid-19.
Segundo Sandji Fati, com ou sem a presença das Forças da Interposição da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), as forças da defesa e segurança do país assegurarão a paz na Guiné-Bissau e lembrou que o grau de unidade da força da ECOMIB que neste momento está acantonada a aguardar pela sua retirada paulatina do país, e não formava uma brigada militar.
“Portanto, qualquer ameaça, represente o que represente, terá uma resposta conjunta de correlação de forças e se não houvesse cooperação da parte das nossas forças poderia ter havido problema”, reforçou.
Assegurou que o anúncio do regresso das forças da ECOMIB aos respetivos países foi bem acolhido e revelou que chegam amanhã, 19 de março de 2020, ao país o ministro da Defesa e chefe de Estado Maior das Forças Armadas do Senegal e visitarão a parte do seu contingente militar que se ocupava de saúde no Hospital Militar da Guiné-Bissau.
“As forças da ECOMIB serão condecoradas a nível dos seus Standard, as bandeiras que serviram na Guiné-Bissau, não por soldado”, precisou Sandji Fati.
De referir que o Conselho Superior Militar, para além de ser um órgão consultivo do ministro da Defesa Nacional, analisa e sugere propostas a todos os outros órgãos responsáveis pela defesa nacional.
Por: Filomeno Sambú
Foto: F.S