O Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló, advertiu que os partidos políticos devem provar que têm uma maioria parlamentar para formar governo e, consequentemente, assumir a governação, caso contrário haverá outra saída que passaria pela ‘’assinatura do papel’, mas sem avançar mais promenores.
O chefe de Estado fez estas declarações à imprensa, na noite de sábado, 16 de maio de 2020, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, de regresso de uma deslocação de algumas horas à Nigéria e ao Níger.
Embaló reuniu-se em Abuja, com o Chefe de Estado nigeriano, Muhamadu Buhari. Em Niamey (Níger), foi recebido por Mamadou Youssufi, Presidente do Níger e presidente em exercício da Conferência dos Chefes do Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) com quem, abordou a questão da normalização da situação política na Guiné-Bissau, depois da crise pós eleições presidenciais.
O Presidente da República disse que na próxima semana vai auscultar os partidos políticos com assento parlamentar e pedir que apresentem a maioria parlamentar que permita garantir a formação do governo, caso contrário “haverá outra saída”.
Lembrou existir um roteiro da CEDEAO que fala da formação do governo, de acordo com os resultados eleitorais, bem como da revisão constitucional que será submetida ao referendo.
Questionado se o prazo estipulado pela CEDEAO para a formação do novo governo até 22 de maio, seria uma realidade, o Chefe de Estado, assegurou que a formação do governo exige várias “engenharias”, porque “não há partido que detém maioria para governar”.
“Não há uma formação política com maioria [absoluta] no Parlamento. Será preciso fazer engenharias. No passado, APU-PDGB estava com o PAIGC, mas agora tenho outra informação que essa maioria deslocou-se, se for assim, os partidos devem provar essa maioria ainda está semana, caso contrário pautarei para outra saída que me restar: pegar numa caneta e assinar o papel. Simplesmente”, rematou.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A