O vice-presidente do Partido da Renovação Social (PRS), Jorge Malú, disse esta segunda-feira, 01 de junho de 2020, que cada grupo de partidos políticos está a reivindicar uma maioria, mas advertiu que qualquer maioria neste momento não oferece confiança nem garantias de estabilidade governativa e por isso, sustenta que é preciso prosseguir com o trabalho junto das estruturas partidárias no sentido de unir as forças para uma estabilidade governativa.
Jorge Malú falava à imprensa a saída do encontro de auscultação com o presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Cipriano Cassamá, para a busca de solução política no relativa à formação de um governo até no dia 18 do mês em curso, de acordo com a indicação do Chefe de Estado, Úmaro Sissoco Embaló.
A iniciativa do presidente da ANP insere-se no âmbito da recomendação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que instou as autoridades e as forças políticas nacionais no sentido de encontrarem uma solução que permita a formação de um governo na base da Constituição da República e respeitando os resultados das eleições legislativas de 10 de março de 2019, ganhas pelos libertadores (PAIGC).
Jorge Malú disse que no momento existem dois grupos de partidos que reclamam 7ma maioria parlamentar, numa altura em que todos os órgãos da soberania se mostram preocupados com a crise política e parlamentar que persiste no país.
“Compreendemos perfeitamente essa preocupação dos titulares dos órgãos da soberania, por isso é que estamos a ver a possibilidade de encontrar entendimento a nível das formações políticas, de forma democrática em que a maioria é determinada pelo voto e a ANP é o único espaço para demostrar essa maioria parlamentar”, salientou.
O dirigente dos renovadores assegurou que existe um governo que resultou de um acordo de incidência parlamentar de três formações políticas a quem deve ser permitido apresentar o seu instrumento de governação para ver se tem maioria ou não. Acrescentou que esse é o pedido que fizeram ao presidente da ANP, de forma “a saber, na verdade, quem tem a verdadeira maioria parlamentar”.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A