O Coordenador do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM), Braima Camará, denunciou que a bancada parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) quer adiar a sessão parlamentar agendada para a próxima segunda-feira, 29 de junho.
Camará fez esta denúncia hoje, 26 de junho de 2020, durante a cerimónia de abertura da jornada parlamentar destinada aos seus deputados, na sede daquela formação política, de 26 e 27 do mês em curso.
O líder do MADEM-G 15 informou que o grupo parlamentar do PAIGC terá endereçado uma carta, esta sexta-feira, ao presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, na qual solicita o adiamento da sessão marcada para a segunda-feira.
“O presidente do parlamento desta vez tem a última oportunidade na sua vida para provar ao mundo que está ao serviço da nação guineense e que ele é republicano e democrático. Muita gente diz-nos que a sessão de segunda-feira não terá lugar, porque o PAIGC não está interessado, não obstante ter participado em todas as reuniões das estruturas do parlamento que culminaram no agendamento da sessão parlamentar. Esta é uma sessão ordinária e que a luz das leis deve ser realizada, quer dizer com o governo ou não, esta sessão deve ser realizada”, assegurou.
Para o coordenador nacional do MADEM e deputado, não é justo que os parlamentares continuem a receber os seus salários regularmente para resolverem seus problemas, sem prestar serviço público para que foram eleitos. Lembrou que os deputados juraram defender a Constituição e as leis da República.
“Acredito que o presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) é um homem de honra e assumirá a sua responsabilidade. Nesta legislatura não temos motivo para pronunciarmo-nos contra ele. Portantotemos que felicitá-lo pela sua coragem. Cipriano Cassamá é o presidente do parlamento da Guiné-Bissau e não do PAIGC, como o PAIGC sempre acha”, enfatizou.
O político mostrou-se surpreendido com a carta que o grupo parlamentar dos libertadores (PAIGC) terá endereçado ao presidente da ANP e qualifica o ato de uma “manobra maquiavélica” para adiar a sessão.
“Esta sessão vai ser realizada no Parlamento. Somos deputados da nação, vamos comparecer no parlamento na hora indicada na convocatória. Vamos estar no Parlamento para desempenharmos a nossa função com total responsabilidade e elevado sentido de patriotismo”, advertiu.
Por: Assana Sambú
Foto: A.S