O Comissário Provincial da Polícia da Ordem Pública, Alberto Bubacar Sidibé, revelou, em entrevista a’O democrata, que setor de Bafatá está em alerta vermelho em relação ao consumo de droga tipo Liamba, com maior incidência na camada juvenil local.
“Os jovens estão a consumir a droga excessivamente nos bairros de Bafatá. Mesmo assim, não baixamos os braços. Temos os nossos informantes, mas nem sempre vamos a tempo, após a recepção das informações. Às vezes conseguimos surpreendê-los, mas não é recorrente, porque são alertados da nossa operação e antes de chegarmos a tempo eles fogem”, acrescenta.
Segundo Alberto Bubacar Sidibé, além da cidade de Bafatá, a província leste, no seu todo, depara-se com casos de elevado nível de consumo de liamba pelos jovens, bem como de assaltos às residências.
“Quando chove, os malfeitores aproveitam para violar as portas ou paredes para tirar os bens das pessoas”, refere.
Apesar da investida dos malfeitos, os responsáveis da POP do leste dizem estar determinados em trabalhar na identificação dos traficantes de liamba, fato que consideram de “extremamente complicada”.
“Temos tido dificuldades em identificar os traficantes, mas as forças de ordem estão determinados em descobrir os responsáveis pelo crescimento de consumo de droga em Bafatá”, realça.
O Comissariado regional tem dificuldades de várias ordens, desde os recursos humanos e meios adequados para execução das suas funções à manutenção da segurança na zona leste do país.
Dados recolhidos pelo jornal “O Democrata”, até antes da divulgação do artigo, a Polícia da Ordem Pública da província leste dispõe apenas de duas viaturas em funcionamento, uma está em Gabú e a outra em Bafatá, mas ambos são veículos para cinco ou seis pessoas, no máximo.
Outra insuficiência com que a POP provincial se vê confrontada, tem a ver com agentes para fazer face às ações dos criminosos e malfeitores. Um número que a corporação policial local não quis revelar alegando a questão da segurança.
“A mesma insuficiência verifica-se nos setores e secções ligados as duas regiões, onde ocorrem até casos com maior incidência de alarmismo”, explica.
Para Alberto Bubacar Sidibé, nos próximos tempos a situação de segurança será mais difícil de controlar a medida que a população das duas regiões [Bafatá e Gabú] cresce cada dia que passa e novos bairros são criados.
Em relação à prisão de Bafatá, o responsável da POP local disse que o penitenciário não oferece condições para detenção de prisioneiros, devido a falta de outras infraestruturas, o referido calabouço continua a ser usado.
No início desta época chuvosa, adianta, uma trovoada com ventos fortes deixou a prisão quase sem telhado, tornando ainda pior a situação dos reclusos do que já era.
Segundo as revelações do próprio comissário provincial Alberto Bubacar Sidibé, os populares de Bafatá têm colaborado com os agentes de segurança do setor. Todavia, sublinha que essa cooperação reduziu-se ultimamente, com roubo de gados.
O facto, segundo Comissário provincial da POP, tem a ver às vezes com atitude que associação dos criadores de gado, nos casos ligados a furto de gados, desencadeia operações unilateralmente, sem solicitar a intervenção da POP.
Outro estrangulamento está ligado a demora na denúncia de roubos. Casos Chegam a demorar duas ou mais semanas para que a POP tenha informação dos roubos. Neste sentido acusa a organização dos proprietários de gados da falta de colaboração com a corporação policial regional.
“Associação apenas informa à polícia sobre os roubos de que os seus associados são alvos, quando fracassam a sua operação”, acrescenta.
Sobre o assunto, pediu a colaboração dos responsáveis dos criadores de gado, assim como da população da província leste em geral, a cooperarem para as operações do comando regional tenham grandes resultados.
“Os assaltos à mão armada reduziram-se bastante. Este ano registaram-se dois casos. O roubo de gado reduziu igualmente. Às vezes leva-se dois meses sem ouvir denúncias de furtos ou roubo de gado”, contou.
Informações locais recolhidas pelo semanário “O Democrata”, indicam que até julho de 2016, a província leste registou-se apenas um caso de homicídio, que ocorreu na cidade de Bafatá. A vítima era um jovem que teria tentado assaltar uma boutique de um cidadão da Mauritânia e foi visto pela segurança. E na sequência da resistência, levou um tiro mortal do guarda.
Por: Sene Camará/Alcene Sidibé
Parabens pelo trabalho fantástico, que deixa-nos ciente dessa fenômeno tão negativo, que está só a manchar á imagem da minha cidade. Por outro lado, peço-vos que procurem a matérias possitivas de Bafatá, pois á tanto aí, para publicarem nas redes socias, porque Bafatá merece ser promovida possitivamente… A roupa sujo se lava em casa, não na rua!