Crise pós-eleitoral: YAHYA JAMMEH ACEITA DEIXAR O PODER NA GÂMBIA

O ex-presidente  da Gâmbia, Yahya Jammeh anunciou na madrugada de hoje, 21 de janeiro 2017, através do canal televisivo estatal que vai deixar o poder, informou a RFI [Rádio França Internacional], bem como outros meios de comunicação social.

À saída de uma longa jornada de mediação conduzida pelos chefes de Estados mauritaniano (Ould Abdel Aziz Mohamed] e conakry guineense [Alpha Condé] esta sexta-feira, o presidente cessante da Gâmbia declarou aceitar abandonar o poder.

Numa comunicação transmitida pela televisão nacional, Jammeh disse que decidiu deixar tudo para que “reina a paz em Gâmbia”. Acrescenta ainda que tomou a decisão de deixar o poder para evitar um banho de sangue, como também para o bem-estar do povo gambiano.

“Acredito na importância do diálogo e na capacidade dos africanos em resolver, eles mesmos, os desafios da democracia. É por isso que decidi  hoje deixar a liderança desta grande nação”, declarou Jammeh.

O ex-presidente da ex-colônia inglesa agradeceu a todos os gambianos que o apoiaram durante os 22 anos que esteve na presidência da Gâmbia.

De referir Adama Barrow encontra-se ainda em Dakar, capital senegalesa, onde tomou posse nesta quinta-feira, dia 19 de janeiro, na embaixada da Gâmbia.

PRESIDENTE DA MAURITÂNIA: “JAMMEH TEM TODAS AS GARANTIAS”

O Presidente da Mauritânia, Mohamed Ould Abdel Aziz, disse este sábado, 21 janeiro 2017, em Nouakchott, que “todas as garantias” foram oferecidas ao presidente Yahya Jammeh, bem como a sua “família e os seus apoiantes”.

Ould Abdel Aziz acrescentou ainda que o acordo político para resolver a crise política gambiana prevê que Jammeh “vai deixar” o país e segue para um país Africano, contudo não especificou o nome do país nem a data de partida do ex-presidente gambiano.

No entanto, Ould Abdel Aziz, apelou o presidente eleito, Adama Barrow em respeitar o acordo alcançado.

“O acordo é uma vitória para os que defendem a paz contra àqueles que primam pela violência e aqueles que bateram tambores da guerra na crença de que podem resolver este problema por via da força”, referiu o Presidente da Mauritânia.

 

 

Por: Redação

 

 

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