Opinião: PLANOS DE NEGÓCIO, SERÁ UMA NECESSIDADE OU UMA OPORTUNIDADE AOS JOVENS EMPREENDEDORES?

O número de jovens guineenses que constitui o seu próprio negócio é extremamente diminuta. Numa lista dos países africanos com melhores indicadores do empreendedorismo, a Guiné-Bissau não consta, pois o nosso país está entre os que menos empreendem na criação e desenvolvimento de novas empresas.

Mas, segundo o INEP (Bandim, 2001), “o movimento do empreendedorismo na Guiné-Bissau começou a tomar forma na década de 1990, através do decreto presidencial que institui o modelo do liberalismo económico baseado, essencialmente, na economia do mercado, após profundas reformas macroeconómicas iniciadas nos anos 80, no âmbito do Programa de Ajustamento Estrutural imposto pelo Banco Mundial.

Doutro lado, nos relatórios 2016-2017 da “Global Entrepeneurship Monitor” – GEM, coordenada pelo Babson College dos Estados Unidos, que avalia o que as pessoas pensam sobre o empreendedorismo? – como escolha de carreira – será que os empresários possuem posições de elevada importância nos países estudados?

Numa perspectiva regional, sobretudo em África, que conta com cerca de três quartos dos adultos em idade de trabalho 75%, as atitudes empreendedoras são consideradas positivas, uma vez que constitui uma boa escolha de carreira. Ao passo que 77% dos inquiridos acreditam que os empreendedores são, socialmente, admirados e aceites.

A república dos Camarões, por exemplo, é um dos cinco distintos países empreendedores em África, na medida em que 57% da sua população identifica o empreendedorismo como uma boa escolha para fazer carreira. Ainda do ponto de vista do empresariado continental, duas economias em África Burkina Faso e Egipto mantêm os empreendedores em alta consideração com 91% e 87% de adultos, respectivamente, considerando que a sua população acredita nas vantagens do empreendedorismo e no status privilegiado dos empresários.

No ranking das oportunidades empresariais: (auto-percebidas, capacidades, medo de fracassos e intenções do empreendedorismo por região continental). Burkina, Egipto Marrocos, Camarões e África de Sul são considerados países africanos que apresentam melhores indicadores no que respeita ao empreendedorismo (Percepção sobre Oportunidades Empreendedoras, Percepção sobre Fracasso; e intenções sobre Empreendedorismo) …

Outro factor-chave do empreendedorismo na perspectiva das economias e das “Estratégias de desenvolvimento” é a facilidade de crescimento sustentável e inclusivo com o objectivo de criar emprego e reduzir a pobreza.

Por conseguinte, entre as causas da informalidade na economia guineense, destacam-se, que cerca de 70% dos casos, aquelas classificadas como: devido a falta de financiamento.

Tais causas estão relacionadas à falta de planeamento na abertura do negócio, elaboração do “business plan”, o que faz com que o empreendedor não avalie os factores importantes para o sucesso ou fracasso do seu negócio, tais como o fluxo de caixa, a concorrência nas proximidades do ponto escolhido e o potencial dos consumidores, sector da actividade económica, entre outros factores.

No entanto, não é demais admitir que capitalismo deixa, em sua esteira, uma multidão de sujeitos desempregados, muitos dos quais estão, profundamente, convencidos de que seu futuro imediato será uma exposição contínua à vulnerabilidade e à pobreza. Essas pessoas anseiam, genuinamente, um retorno a certo sentimento de certeza – fazer algo útil – empreender mudanças. Elas acreditam que as nações se transformaram em algo como pântanos que necessitam ser drenados e que o mundo tal como é deve ser levado ao fim.

Neste contexto, os “empreendedores políticos” de maior sucesso serão aqueles que lidarem, convincentemente, com os perdedores: homens e mulheres destruídos pela globalização e pelas suas identidades e oportunidades arruinadas. Que fracasso!

Como evitar o insucesso?

São muitas as pessoas que falham na criação de um novo negócio em relação aos que alcançam elevado êxito empresarial.

Muito embora não exista nenhuma “receita milagrosa”, no entanto, há regras que ajudam a prevenir o insucesso de um negócio:

  1. Preparar o início do negócio (analisar as motivações do empreendedor e definir, metodicamente, o seu campo de actuação, tal como foi sugerido nesta lição).
  2. Elaborar o Plano de Negócios, de forma rigorosa, e utilizar cenários realistas.
  3. Definir uma estratégia clara para a sua empresa.
  4. Seleccionar a equipa mais adequada possível.
  5. Organizar a empresa da forma que melhor se ajusta aos seus objectivos e às características do âmbito de actuação escolhido.
  6. E trabalhar, muito…muito … sem contar com terceiros…

Let´s go young people! Doing Business…Fighting Poverty…

Creio que o caminho é esse, ou seja, que os nossos jovens apostem e concorram ao projecto DESAFIO GB / 2017, através dos seus Planos de Negócio.

 

 

Por: Santos Fernandes

Bissau, Março/2017.

1 thought on “Opinião: PLANOS DE NEGÓCIO, SERÁ UMA NECESSIDADE OU UMA OPORTUNIDADE AOS JOVENS EMPREENDEDORES?

  1. Bonne analyse de fait. En outre, il faut sensibiliser d’avantage les jeunes et les écoles de formation professionnelle en place, afin de prendre l’entrepreneuriat comme levier de croissance et de développement économique. Merci.

    Mustafa DARAME, general manager.

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