O grupo de organizações internacionais denominado de P5, designadamente, Organização das Nações (ONU), União Europeia (UE), União Africana, Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) manifestou esta quarta-feira, 17 de maio 2017, a sua preocupação em relação ao prolongar da crise na Guiné-Bissau, assim como com a implementação do ‘Acordo de Conacri’.
A posição do P5 foi anunciada depois de um encontro que o grupo manteve com o Presidente da República, José Mário Vaz.
À saída do encontro com o Chefe de Estado guineense, o representante da União Africana no país, Ovídio Pequeno, revela ainda que o coletivo internacional analisou com José Mário Vaz a evolução das recomendações da missão de alto nível da CEDEAO que esteve no país no mês passado.
A missão de CEDEAO no seu Comunicado Final anunciara, entre outras, que as autoridades nacionais tinham 30 (trinta) dias para encontrarem uma solução à crise política que se vive na Guiné-Bissau, sob pena de sanções [não especificadas].
Além da implementação do Acordo de Conacri, o P5 diz ter abordado também a questão da preparação das eleições legislativas de 2018, tendo em conta que há muitas etapas preliminares para que o pleito eleitoral seja justo e transparente.
“No quadro atual é evidente que não há garantia que isso possa acontecer, porque há muito trabalho a ser feito. Tem sido refletido nos nossos comunicados, quer a nível do Conselho de Segurança da ONU e da União Europeia com vista a reafirmar essa nossa disponibilidade ao Presidente da República como garante da Constituição. Ele tem a tarefa maior de tentar encontrar junto com outros atores políticos, através do diálogo, uma solução à crise. É isso que viemos manifestar ao Chefe do Estado”, conta Ovídio Pequeno.
O prazo de trinta dias dado pela CEDEAO para a implementação do ‘Acordo de Conacri’ termina no próximo dia 25 deste mês.
Por: Sene Camará