PAIGC ACUSA JOMAV DE ORDENAR A POLÍCIA PARA AGREDIR OS MANIFESTANTES

O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira acusou no início desta tarde, 27 de maio 2017, o Presidente da República José Mário Vaz (JOMAV) e o governo de terem ordenado as forças de segurança para agredirem violentamente os manifestantes.

Domingos Simões Pereira reagia através de um comunicado lido na sua voz durante a conferência de imprensa, que decorreu nas instalações da sede do partido, em Bissau, no qual repudiou o uso da violência da parte das forças de segurança para dispersar os manifestantes que marchavam para exigir a demissão do Presidente José Mário Vaz.

“Gorada a tentativa de impedir a realização da marcha, esgotados todos os argumentos legais e constitucionais para o efeito, José Mário Vaz ordenou ao seu governo, a mobilização de uma carga mista, policial e militar, e o uso desenfreado da força e da repressão, tendo resultado no ferimento grave de várias dezenas de manifestantes e ainda na prisão de outros tantos”, lê-se no comunicado.

No entanto, o PAIGC, condena veementemente os atos perpetrados contra civis desarmados que de forma pacífica expressavam o seu inconformismo e repúdio ao regime em curso de implementação desta marcha.

Simões Pereira exigiu a imediata e incondicional libertação de todos os cidadãos que teriam sido detidos no decurso da marcha. Contudo, responsabilizou José Mário Vaz, “por todas as implicações e consequências decorrentes de mais este ato irreflectido e irresponsáveis”.

Assegurou ainda que o partido exige igualmente a nomeação de uma Comissão de Inquérito para o apuramento detalhado das circunstâncias e causas do uso da força policial e militar e a responsabilização individual e institucional dos perpetradores deste ato de violência. No entanto, alerta a comunidade internacional para o devido acompanhamento de todas as ocorrências e a correspondente responsabilização por todos os crimes contra os direitos humanos, tanto a pessoas singulares como às respectivas instituições.

 
Por: Assana Sambú/Epifânia Fernandes Medonça

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