O novo Embaixador dos Estados Unidos da América para Guiné-Bissau com residência em Dakar, Senegal, revelou, ontem, 22 de agosto de 2017, que o seu país está com o atual governo, mas alerta que será necessário que os atuais responsáveis pela governação da Guiné-Bissau tomem, prontamente, medidas que promovam o consenso e permitam a criação de um governo inclusivo.
“Os políticos devem priorizar os interesses nacionais e encontrar uma solução para a crise atual”, alerta o diplomata norte-americano durante uma conferência de imprensa realizada em Bissau depois de ter entregue as cartas credenciais ao Presidente guineense.
Apesar da posição do seu país em relação à Guiné-Bissau, Tulinabo Mushingi afirma que já tinha ouvido boas notícias da Guiné-Bissau, antes da sua nomeação por presidente Donald Trump.
Neste sentido, acrescenta que apesar de atuais desafios que a Guiné-Bissau enfrenta, tem recebido informações que existem pessoas de toda a esfera da sociedade guineense empenhadas, internamente, no processo da resolução da crise política e que têm contribuído igualmente para dinamizar o país.
Sobre o acordo de Conacri, deixa claro que dada à situação política que assola o país há mais de dois anos levou com que todas as organizações internacionais, incluindo o Conselho de Segurança das Nações Unidas a assumirem que a implementação do acordo de Conacri continua a ser a melhor forma de saída da crise política guineense.
Tulinabo Mushingi afirma, contudo, que os Estados Unidos da América continuam “firmemente comprometidos” com a Guiné-Bissau e o seu povo, por isso vão continuar a apoiar os programas de formação aos jornalistas guineenses no domínio da língua inglesa, programas de saúde pública, agricultura e no âmbito de cooperação de segurança, com a Guiné-Bissau.
O investimento privado será, na sua opinião, a chave para o futuro sucesso da Guiné-Bissau e lembra que algumas empresas americanas têm demonstrado interesse em reforçar o seu engajamento na área de fosfato, Energia, Petróleo, Gás e Telecomunicações.
Para concretização dessas intenções das empresas americanos, Tulinabo Mushingi afirma que a instabilidade política é a “barreira” para potenciais investimentos na Guiné-Bissau.
Sublinha ainda que a resolução eficaz dos problemas que afetam o desenvolvimento do país vai ajudar a promover a estabilidade governativa, atrair investimentos estrangeiros e permitir um futuro próspero a todo o povo da Guiné-Bissau.
Por: Noemi Nhanguan
Foto: Marcelo Na Ritche