PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA QUER RESPONSABILIZAÇÃO DOS AUTORES DO ASSALTO À SEDE DO PAIGC

A Presidência da República da Guiné-Bissau instou às autoridades policiais e judiciais a identificarem e responsabilizarem os cidadãos responsáveis pelo assalto à sede do PAIGC esta quarta-feira, 18 de Outubro 2017. Em comunicado, a Presidência condena a atitude de tentar assaltar, esta madrugada, a sede do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

“O Chefe de Estado em vários momentos dessa crise nascida na sede do PAIGC e que culminou com o bloqueio do funcionamento da Assembleia Nacional Popular demonstrou de que a solução só pode ser encontrada na mesa das negociações, com humildade e na base do diálogo, tolerância e do respeito mútuo”, acrescenta.

Na sequência do ocorrido, algumas reações veiculadas pela comunicação social apontam o Chefe de Estado como eventual mandante e principal beneficiário político do ato. Em reação a essas informações, o comunicado da Presidência da Republica esclarece que o Presidente da República, José Mário Vaz, não teve conhecimento dos preparativos, nem se compactua com a realização de atos dessa natureza, atentatórios à estabilidade política e a paz social.

“É do conhecimento da sociedade guineense e da comunidade internacional que o Presidente da República sempre se esforçou por aproximar as partes litigantes do PAIGC, tendo sempre deparado com incompreensíveis resistências de alguns atores políticos que privilegiaram a via da confrontação e do bloqueio das instituições democráticas”, lê-se no documento.

De acordo com a mesma nota da Presidente da República a que O Democrata teve acesso o Chefe de Estado apela às partes desavindas do PAIGC a privilegiarem o diálogo e a tolerância, ao invés do confronto na resolução dos diferendos internos desse partido.

Recorrendo ao discurso do Chefe de Estado, o documento reafirma que durante o mandato Jomav, nenhum guineense foi detido ou preso por razões políticas, nenhuma mulher ficou viúva, nenhum tiro se fez ouvir no país, cujo povo humilde aspira a paz, a estabilidade e ao desenvolvimento.

O comunicado assinado pelo conselheiro para comunicação social, Fernando Mendonça, termina mostrando que o José Mário Vaz,“na qualidade de Presidente de todos os guineenses, garante da paz e órgão suprapartidário, interpretando as aspirações mais profundas do nosso povo”, sempre demonstrou que pretende deixar um legado de paz e, sobretudo de resolução pacífica de quaisquer conflitos que possam atingir o país.

 

 

 

Por: Aguinaldo Ampa

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