Fernando Gomes: “JÁ ESTÃO CRIADAS CONDIÇÕES MÍNIMAS NO PAÍS PARA O REGRESSO DE CADOGO E IANCUBA INDJAI”

O Coordenador do Movimento Nacional Cívico “No Djunta Mom pa Fidjus di Tchom Riba Cassa”, Fernando Gomes, anunciou esta terça-feira, 31 de Outubro 2017, que já estão criadas condições mínimas de segurança no país para o regresso dos cidadãos guineenses exilados em Portugal, nomeadamente Carlos Gomes Júnior (Cadogo Filho) e Iancuba Djola Indjai.

Segundo o ativista guineense, as condições de segurança é o resultado do trabalho realizado pelo movimento junto das autoridades nacionais. Explicou que depois dos contatos encetados com os titulares dos órgãos da soberania, líderes dos partidos políticos, sociedade civil, ONGs, movimentos sindicais, líderes religiosos, Comunidade Internacional e a classe castrense, receberam garantias seguras destas individualidades, por isso concluíram que já existem condições para que os filhos da terra possam voltar para casa.

“Realizamos recentemente uma missão de contatos com os exilados no estrangeiro para lhes informar dos trabalhos realizados desde a criação do movimento, os resultados obtidos e os obstáculos enfrentados no percurso e deixar cada um deles assumir a responsabilidade de dizer se, nestas condições, volta ou não. Portanto, os cidadãos Iancuba Djola Indjai e Carlos Gomes Junior manifestaram a sua satisfação e interesse em voltar ao país a qualquer momento. Já criamos uma comissão que vai preparar a recepção desses elementos e anunciaremos a data no momento oportuno”, informou Fernando Gomes.

Fernando Gomes afasta, no entanto, a intenção de o Movimento Nacional Cívico “No Djunta Mom pa Fidjus di Tchom Riba Cassa”, transformar-se num movimento de apoio a um candidato nas próximas eleições, assegurando que desde a criação do projecto o objetivo era claro que em circunstância nenhuma o movimento seria transformado numa organização política para apoiar o candidato A ou B e assim que atingirem os objetivos de fazer voltar os exilados ao país, o movimento automaticamente desapareceria de uma vez.

O Movimento Nacional Cívico “No Djunta Mom pa Fidjus di Tchom Riba Cassa” foi criado em Novembro de 2016 com objetivo de encetar contatos com as autoridades nacionais no sentido de se criarem as condições para o regresso dos cidadãos guineenses exilados no estrangeiro.

 Carlos Gomes Júnior, ex-presidente do PAIGC, desempenhou as funções de Primeiro-ministro da Guiné-Bissau por duas vezes, entre os anos 2004/2005 e 2008/2012, tendo-se apresentado como o candidato às eleições presidenciais de 2012, depois da morte do Presidente Malam Bacai Sanhá, vítima de uma doença prolongada. Carlos Gomes Júnior foi afastado do poder por um golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, liderado por General António Indjai e depois exilou-se em Portugal.

Iancuba Djola Indjai é o presidente do Partido de Solidariedade e Trabalho (PST), mas depois de golpe de Estado de 2012 fundou uma organização denominada de “Frente Nacional Ante Golpe” (FRENA-GOLPE) para exigir a reposição da legalidade constitucional. Djola Indjai, nome do qual é igualmente conhecido, foi espancado por um grupo de pessoas desconhecidas o que obrigou a sua evacuação imediata para receber tratamento médico no exterior.

 

 

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *