O Presidente da República, José Mário Vaz reconheceu que antes e durante a sua presidência, o fornecimento da corrente elétrica da rede pública registou cortes devido à obsoletividade e avarias nos grupos, privando assim os moradores de Bissau e arredores o acesso “a este bem tão precioso e reconhecidamente essencial para a vida de qualidade dos cidadãos”.
A observação feita por José Mário Vaz, esta quarta-feira, 15 de Novembro de 2017, no lançamento da Primeira pedra para a construção das instalações que vão albergar Central termoelétrica de Bôr, na periferia de Bissau.
O Chefe de Estado lembra, neste sentido, que os benefícios da luz elétrica estavam reservados a um grupo dos privilegiados que dispunham de geradores próprios, ou de alguns produtores independentes, que disponibilizavam esse bem aquém tivesse condições para pagar a preços altamente exorbitantes, naturalmente, fora do alcance da maioria da população guineense.
“Até aqui a luz era considerada um bem de luxo e não de primeira necessidade como devia ser”, lembra, sublinhando, contudo, que é inaceitável que as pessoas continuem a viver as escuras, sem luz elétrica permanente nas suas casas.
“Queremos a luz para todos e a preço acessível para todos os guineenses. Estamos nestas funções através do voto do nosso povo e é para servir o bem comum que estamos aqui. É para o bem de todos que o governante é eleito, o contrário não vale a pena sermos governantes”, observa.
Neste sentido, faz votos para que o esforço no fornecimento da energia seja extensível a nível nacional, ou seja, que a luz da rede pública chegue a toda população tanto na cidade como no interior ou nas ilhas do país, criando assim condições que ajudem a proporcionar uma qualidade de vida compatível com as aspirações da vida moderna que todos os guineenses merecem.
CENTRAL TÉRMICA DE BOR TERÁ CAPACIDADE DE QUINZE MEGA WATTS
A Central Térmica de Bôr terá a capacidade de produção energética de 15 Mega Watts repartidas por três grupos de eletrogêneos de 5 Mega Watts de nova geração, os quais serão alimentados a fuel pesado acessivelmente mais barato que o gasóleo. Os seus motores funcionam a quinhentas rotações por minuto, o que permite não só ter o maior rendimento do combustível, como o menor desgaste de equipamentos e, consequentemente uma maior durabilidade do investimento realizado num montante de 22 biliões de francos CFA.
O Ministro do Estado, da Energia e Indústria, Florentino Mendes Pereira anuncia, por sua vez, que o Governo vai dar início à construção da respetiva rede de evacuação que permitirá fazer chegar a energia à rede de distribuição, incluindo a construção de dois postos de transformação essenciais para melhorar a qualidade de eletricidade, estabilizando a corrente e erradicando picos pontuais de tensão. Uma obra estimada em mais de seis biliões de francos CFA.
Segundo o Ministro de Estado, da Energia e Indústria, apesar de se tratar de contratos individualmente formalizados, os trabalhos foram articulados entre as empresas vencedoras do concurso, que funcionaram como um consórcio de forma a garantir um resultado integrado e funcional.
Ambos os contratos foram atribuídos através de um concurso público internacional, cujos termos de referência resultam das especificações técnicas formuladas por uma equipa multisetorial da EAGB e do Ministério da Energia e Indústria criada especificamente para definir as orientações estratégicas que deveriam orientar um plano de melhoria de abastecimento em energia elétrica à capital Bissau, previsto para entrar em funcionamento num prazo de 17 meses.
No âmbito de um conjunto de projetos ligados a setor energético, o Governo da Guiné-Bissau perspectiva até 17 de Dezembro próximo proceder à abertura da proposta de concurso público internacional para adjudicação da construção das instalações da antiga Central Elétrica de Bissau, de um grupo de geradores termoelétricos de 22 Megga Watts, com financiamento de Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADA) e simultaneamente será construída, em Gardete, arredores de Cumura, setor de Prabis, uma Central Fotovoltaica com a capacidade de produção energética de 20 MW, cujo financiamento já está garantido pelo Banco Oeste Africano para o Desenvolvimento (BOAD) e formalizado há 14 de Novembro pelo Ministro de Estado, da Economia e Finanças, João Aladje Fadia.
A Central funcionará em regime híbrido com as duas outras centrais térmicas, minimizando assim o impacto ambiental e permitir baixar significativamente os custos de produção “demasiado elevados da EAGB”, o que, segundo os responsáveis da empresa, tem criado enormes problemas, uma vez que a tarifa aplicada se encontra abaixo do seu custo. As Centrais estarão operacionais num prazo de oito meses.
Em relação ao processo de distribuição da energia, Florentino Mendes Pereira informou que estão em curso os trabalhos da rede em anel, em torno de Bissau, financiados pelo BAD com três pontos de injeção-Brá, atual Central de Bissau e em Antula.
Com o financiamento do Banco Mundial, o Executivo liderado por Umaro Sissoco Embaló revela que tem ainda em curso o projeto de extensão da rede elétrica a Prabis e Safim, ambas as localidades pertencentes à região de Biombo.
“Na cidade de Buba, por exemplo, o Governo está a finalizar os trabalhos da rede de distribuição e da interconexão entre as regiões de Quinara e Tombali associadas à construção de uma Central Térmica de 5MW com o financiamento do Governo indiano”, acrescenta.
Foi neste contexto que o Mendes Pereira avança que o Governo está a estudar a possibilidade de inverter essa Central Fotovoltaica devido às preocupações ambientais inerentes a aproximação do Parque Natural da Lagoa de Cufada, bem como reduzir os custos de produção.
Finalmente, o Governo anuncia que pretende alargar o projeto de eletrificação a 14 cidades a nível nacional com o financiamento já garantido pelo Banco Oeste Africano para o Desenvolvimento (BOAD).
De referir que a Central Elétrica à fuel terá, na sua primeira fase, a capacidade de 15 Megga Watts, com equipamentos de evacuação e de transporte de energia para um nível de cem Megga Watts.
A sua capacidade de armazenar será de mil metros cúbicos de fuel pesado cada e um depósito de trezentos metros cúbicos para gasóleo, cuja superfície total se estima em noventa mil e oitocentos e sessenta e nove metros quadrados para três grupos de cinco Megga Watts cada.
A obra de construção será executada por uma empresa portuguesa “EFACEC” com mais de 70 anos de existência.
Por: Filomeno Sambú
Foto: ANG
Espero que este governo com o seu empenho em devolver a dignidade ao povo guineense de viver como um humano moderno, tendo energia elétrica nas casas por tempo integral, sabemos que não é um feito fácil, mais com empenho e vontade nada é impossível presidente, primeiro ministro, já esta mais do que na hora que o povo guineense tivesse água potável redi de esgoto e urbanização da cidade.
Sua excelência desejo boa sorte ao seu governo, que consiga alcançar seus objetivos para com o povo guineense.
Nha guiné bissau lata que se diz pé