PIB DA GUINÉ-BISSAU DEVE ATINGIR 5,6 POR CENTO EM 2017

O Produto Interno Bruto (PIB) da Guiné-Bissau deverá atingir 5,6 por cento em 2017, contra os 5,4 inicialmente previstos. As revelações saíram duma reunião do Conselho Nacional de Crédito (CNC). O crescimento, segundo o CNC, tem a ver com os níveis mais elevados, resultante do preço de exportação da castanha de caju.

No quarto e último encontro trimestral do ano 2017, os conselheiros afetos ao Conselho Nacional de Crédito realçaram ainda a necessidade da diversificação na produção local, como forma fundamental para minimizar os fatores de risco.

Na ocasião, os conselheiros foram informados que a taxa de inflação, medida através do Índice Harmonizado dos Preços ao Consumidor (IHPC), situou-se em 1,6 por cento no primeiro trimestre de 2017 e 1,2 por cento no segundo trimestre.

Os conselheiros tiveram ainda a informação sobre os projetos do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), visando melhorar o financiamento da economia dos países membros da União Económica e Monetária Oeste Africano (UEMOA), nomeadamente as Pequenas e Médias Empresas e Pequenas e Médias Indústrias (PME/PMI), assim como a implementação do BIC e a entrada em vigor do Plano Contabilístico Bancário (PCB), e Basileia II e Basileia III, em Janeiro de 2018.

Os membros do CNC ficaram satisfeitos com os resultados da campanha de comercialização da castanha de caju do ano 2017, apesar de apontarem algumas incertezas verificadas no início da comercialização do produto da maior exportação na Guiné-Bissau. Contudo, os conselheiros concluíram que as atividades de comercialização desenrolaram-se normalmente.

“Os preços ao produtor registaram um significativo aumento, atingindo valores entre 900 a 1000 francos CFA por quilograma. O preço médio de exportação situou-se a 1.948 dólares norte-americanos por tonelada contra 1.400 dólares americanos por tonelada em 2016, ou seja, um aumento de 39 por cento”, lê-se numa nota a que jornal O Democrata teve acesso.

O Conselho tomou conhecimento de que o Comité de Política Monetário não alterou a taxa de juro mínima de subscrição às operações do mercado monetário e a taxa de juro do guichet de pensão do Banco Central, que se mantiveram em 2,30 por cento e 4,50 por cento, respetivamente, assim como o coeficiente de reservas obrigatórias. Uma decisão que visa reforçar o lançamento no quadro da evolução recente da situação da UEMOA.

A reunião trimestral do CNC realizada pela Direção Nacional do BCEAO para a Guiné-Bissau decorreu, na sua sede em Brá, sob a presidência do Ministro da Economia e Finanças, João Alage Mamadú Fadia, presidente estatutário. A referida reunião serviu para analisar a evolução da situação económica e financeira do país em finais de Setembro de 2017 e a implementação das recomendações e conclusões das últimas reuniões anteriores do Conselho Nacional de Crédito.

 

 

Por: Sene Camará

Foto: SC

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