Miguel Trovoada assume hoje as funções de Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau.
O novo representante da ONU substitui o ex-Presidente de Timor-Leste e Prémio Nobel da Paz, José Ramos Horta, cuja missão terminou em junho.
O novo representante especial do secretário-geral da Nações Unidas na Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, promete ainda, logo à chegada ao país, empenhar-se com “grande determinação” na “estabilização e progresso” do estado guineense.
Miguel Trovoada mostrou-se satisfeito em poder apoiar “a ação que a comunidade internacional vem defendendo para a estabilização e progresso da Guiné-Bissau”, tanto mais que se trata “de um país e de um povo” ao qual está “particularmente ligado por razões de amizade muito antigas”.
Na terça-feira, numa entrevista à rádio das Nações Unidas (Rádio ONU), Miguel Trovoada disse acreditar que a Guiné-Bissau iniciou um “período de estabilização das instituições, da vida política e social, para que as bases de um crescimento económico e desenvolvimento social possam ser bem aceites”.
Um novo governo e presidente eleitos tomaram posse em junho e julho, permitindo à Guiné-Bissau regressar à normalidade constitucional interrompida com o golpe de Estado de abril de 2012.
O antigo Presidente e primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, que disse na mesma entrevista notar um “desejo inquebrantável da comunidade internacional” de tudo fazer para “apoiar o povo da Guiné-Bissau”, referiu igualmente que os países de língua portuguesa têm um papel a desempenhar, bem como outras instituições envolvidas com a Guiné-Bissau.
Miguel Trovoada, 77 anos, substitui o ex-presidente de Timor-Leste e Prémio Nobel da Paz, José Ramos Horta, à frente do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS).
O são-tomense conta com dois adjuntos: o brasileiro Marco Carmignani que se encontra no país desde junho e que hoje recebeu, no aeroporto, Trovoada e a portuguesa Maria do Valle Ribeiro que vai suceder ao camaronês Gana Fofang na coordenação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na Guiné-Bissau.
Por: Redação