O ex-Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior (Cadogo), regressará ao país na próxima quinta-feira, dia 18 de Janeiro de 2018, como um cidadão “livre de processos judiciais” e “sem compromisso” com qualquer grupo ou formação política.
As garantias foram dadas esta terça-feira, 09 de Janeiro 2018, pelo coordenador do movimento autodenominado ‘Nô Djunta Mon Pa Fidjus di Tchon Riba Cassa’, Fernando Gomes, sem, no entanto, avançar com mais pormenores e nem a hora da chegada de Cadogo, mas assegurou que será durante o período do dia, tendo apelado ainda aos guineenses a recebê-lo em massa no seu regresso à Guiné-Bissau, há cinco anos em exilo em Portugal.
Fernando Gomes não avançou se Carlos Gomes Júnior chegará num voo charter de regresso a Bissau ou num voo comercial e nem do país de partida, mas o coordenador do movimento garantiu que até a próxima segunda-feira, 15 de Janeiro, dirá a hora prevista para a chegada de Cadogo, então líder do PAIGC, que deixou o país, na sequência do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012.
Na visão de Fernando Gomes, o momento é oportuno para o regresso de Carlos Gomes Júnior, contrariando assim as teses que defendem que o momento não era propício para tal. Neste particular, Gomes acusa ainda alguns políticos de quererem adiar a vinda do Cadogo até depois das eleições para tirarem proveitos desta situação.
Neste sentido, sublinha que a Guiné-Bissau não deve aceitar nunca mais que haja seus filhos exilados em países estrangeiros, reafirmando que o movimento não tem compromisso com nenhuma formação política. Acrescenta, contudo, que o movimento é de caráter cívico, tendo assegurado que será extinto, assim que o Carlos Gomes Júnior voltar ao país.
Gomes disse à imprensa que o Cadogo lhe garantiu, recentemente, em Lisboa, que não tem nenhum compromisso com qualquer grupo político ou formação política e que voltará ao país como cidadão para continuar a dar a sua contribuição para o progresso da Guiné-Bissau, sendo que seu compromisso é com o povo guineense, nota.
Segundo Fernando Gomes, todos os titulares dos órgãos de soberania do país aceitaram publicamente o regresso de Carlos Gomes Júnior, cujas mensagens foram transmitidas ao Cadogo, assim como aos representantes dos organismos internacionais no país.
Fernando Gomes ressalvou que se caso o Carlos Gomes Júnior tivesse um processo judicial só caberá ao tribunal ocupar-se disso, afirmando que as informações na posse do movimento dão conta que não há nenhum processo na justiça que pende sobre antigo líder do governo da Guiné-Bissau.
Sobre os próximos passos de Carlos Gomes Júnior depois do seu regresso ao país, Fernando Gomes reservou a resposta sobre futuro político do Cadogo, ao próprio Carlos Gomes Júnior.
“Carlos Gomes Júnior não tem um caso no tribunal que lhe impeça de exercer a política”, disse para sublinhar de seguida que se caso houver um caso, “Cadogo como cidadão deve responder à justiça como cidadão guineense”.
Finalmente, Fernando Gomes apelou aos “mais de 72 mil guineenses” que assinaram a petição do regresso de Cadogo a irem recebê-lo em massa que, segundo disse, pretende continuar a dar a sua contribuição para o bem-estar da Guiné-Bissau e na reconciliação do povo guineense.
“Carlos Gomes Júnior regressa ao país como um cidadão livre e não há nenhum caso que pende sobre ele na justiça”, garante.
Por: Sene Camará
Benvindo, CARLOS GOMES JÚNIOR ao seu pais.