PAIGC DESCONHECE O REGRESSO DE CARLOS GOMES JÚNIOR AO PAÍS

O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, disse esta quarta-feira, 10 de janeiro 2018, que o seu partido desconhece o regresso ao país do antigo Primeiro-ministro e ex-presidente daquela formação política, Carlos Gomes Júnior, exilado em Portugal.

Simões Pereira que falava à imprensa sobre o regresso de antigo líder dos libertadores, anunciado pelo Movimento Cívico “No djunta mon pa fidju di tchon riba casa”, à margem da cerimónia de cumprimento do novo ano de dirigentes e militantes do partido.

O político aproveitou a ocasião para saudar o regresso de Carlos Gomes, que segundo ele, é um cidadão guineense e deve regressar ao seu país. Contudo, disse esperar que as entidades que trabalharam neste sentido, tenham criado todas as condições necessárias para o regresso de Gomes Júnior.

Na opinião do líder dos libertadores, é importante a criação de condições que possa garantir a segurança de Cadogo e dos seus familiares.

Questionado sobre a possibilidade da candidatura de Carlos Gomes Júnior à liderança dos libertadores, Domingos Simões Pereira informou que o assunto compete aos órgãos do partido.

“O PAIGC é uma entidade firme que gere seus assuntos com base nos seus órgãos estatutários”, advertiu.

Solicitado a se pronunciar se o momento é propício para o regresso de Carlos Gomes Júnior, respondeu: “não cabe a mim avaliar, se o momento é propício para o seu regresso”.

Recorde-se que Carlos Gomes Junior, foi deposto do poder em 12 de abril de 2012 por um golpe militar, liderado pelo então Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, General António Indjai, tendo se exilado em Portugal e mais tarde mudou a residência para Cabo Verde.

Gomes Júnior exercia as funções do Primeiro-ministro na altura da morte do Presidente Malam Bacai Sanhá, facto que levou o país a convocar eleições presidenciais antecipadas. Carlos Gomes Júnior participou no escrutínio como candidato do PAIGC, tendo deixado a a gestão do executivo à Adiatu Djaló Nandigna, na altura ministra da Presidência do Conselho os Ministros, Assuntos Parlamentares e Comunicação Social.

Cadogo, nome de que igualmente é conhecido, chegou à presidência do partido libertador em  2002 durante o VI Congresso e foi reeleito em 2008 [VII congresso], tendo o PAIGC ganho duas eleições legislativas consecutivas.

O PAIGC agendou o IX Congresso Ordinário para 30 de Janeiro a 04 de fevereiro do ano em curso, em Bissau.

 

 

 

Por: Epifania Mendonça

 

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