
O Partido da Renovação Social (PRS), Grupo dos 15 deputados, Coordenações dos deputados do Partido da Convergência Democrática (PCD), Partido da Nova Democracia (PND) e 18 partidos sem expressão parlamentar, acusaram esta segunda-feira, 22 de Janeiro 2018, a missão ministerial da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que esteve no país nos dias 17 a 18 do mês em curso de ser tendenciosa e parcial na mediação da crise política na Guiné-Bissau.
As acusações constam num comunicado lido pelo porta-voz do grupo, Fernando Vaz, na conferência de imprensa conjunta para esclarecer a opinião pública nacional e internacional sobre a implementação do roteiro para aplicação do Acordo de Conacri, realizada num dos hotéis de capital. O grupo acusa a CEDEAO de pretender, através dos seus posicionamentos, sem qualquer prova, impor à força um nome não adotado consensualmente por todos os subscritores do Acordo de Conacri.
“Somos contra a imposição de soluções políticas para os nossos problemas sem ter em conta a nossa realidade sócio-política, poi isso traz perda da soberania que é o nosso maior orgulho. Será que a CEDEAO não reparou que o Presidente da República, demitiu o governo com a intenção de dar oportunidade ao PAIGC para honrar lealmente com os seus compromissos de forma reconciliar-se internamente?, questionou Fernando Vaz.
O porta-voz do grupo, informou que o comunicado final da 52ª conferência dos Chefes de Estados e do governo da CEDEAO de 16 de Dezembro de 2017, no seu ponto 32 confia aos Presidentes Alfa Condé e Faure Gnassingbé de promover consultas com todas as partes num prazo de trinta dias com vista à aplicação consensual do roteiro, mas, estranhamente, a missão ministerial no seu comunicado ignora por completo as recomendações da referida conferência.
Nesse sentido, Fernando Vaz, apelou a total isenção e imparcialidade da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental na condução deste processo para a saída da crise por forma a garantir a tão desejada reconciliação entre os guineenses, a paz e estabilidade.
Fernando Vaz, adianta ainda que para o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, o direito à diferença de pensar e agir, significa indisciplina que é insultar, sancionar, expulsar e silenciar no próximo congresso todas as vozes discordantes.
“De certeza que se Amílcar Cabral ou Nino Vieira também ressuscitassem hoje, não poderiam ir ao congresso do PAIGC a não ser como convidados para pregarem o deserto como sentencia o porta-voz do mesmo partido”, lamentou Nando Vaz.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: AA
Golpestas da guine bissau Nanda vaz que falava mal do ex-primeiro menistro hj está a favor dele nao acredito