O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, disse no fim da tarde desta segunda-feira, 22 de janeiro 2018, que o seu partido encoraja a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a prosseguir com a aplicação de sanções contra pessoas que impedem o cumprimento dos acordos de Bissau e de Conacri, sobretudo no concernente à nomeação de Augusto Olivais para o cargo do Primeiro-ministro.

O político que falava a margem de uma conferência organizada pela Juventude Africana Amílcar Cabral (JAAC) denominada de ‘Janeiro de Luta’, que terminou hoje com palestras oradas por vários dirigentes do partido. A jornada contou igualmente com a presença de um norte americano, uma das figuras que marcaram a luta pelos direitos civis dos negros na década de 60 do século passado nos Estados Unidos de América, ao lado do lendário Martin Luther King, Mukasa DADA.

Domingos Simões Pereira disse aos jornalistas que está a concluir a sua moção estratégica da sua candidatura à presidência do partido que será apresentada ao Comité Central para uma eventual avaliação. Sobre o atraso que se regista na reintegração dos deputados dissidentes (grupo 15), explicou que apenas os referidos deputados é que conseguem esclarecer o que está acontecer.

Solicitado a pronunciar-se sobre a acusação dos dissidentes que alegam que o partido não está a facilitar os seus regressos, Simões Pereira, apelou os jornalistas a visitarem as resoluções e deliberações tomadas pelos órgãos do partido.

“Depois do acordo de conacri, validamos o acordo no Comité Central. Criamos uma comissão para trabalhar o processo da reintegração dos deputados dissidentes com o mandato de reabrir o processo junto do Conselho Nacional de Jurisdição. O Comité Central, deu instrução à bancada parlamentar para a reintegração do grupo e recentemente, o mesmo Comité autorizou a participação no congresso dos 15 deputados como delegados. Se tudo isso não é abertura para a reintegração? Alguém tem que definir-me o que é que reintegração!”, notou o líder dos libertadores.

Questionado se o partido sente-se seguro com as ameaças de sanções da parte da CEDEAO contra pessoas que impedem cumprimento dos acordos, respondeu que a CEDEAO, com a ameaça de sanções, está respeitar os compromissos assumidos.

“Nós saudamos a CEDEAO, que é a nossa organização, e encorajamo-la a ir avante neste sentido”, assegurou o presidente do PAIGC.

Quanto ao recenseamento de antigo presidente dos libertadores (PAIGC) Carlos Gomes Júnior amanhã na sede do partido, Simões Pereira disse ser salutar a “iniciativa de Cadogo enquanto militante do partido que toma engajamento de aderir a um processo de cadastramento de todos os seus militantes”.

 

 

Por: Assana Sambú
Foto: A.S