VICE-CHEFE DE ESTADO-MAIOR DEFENDE QUE HISTÓRIA DE LUTA DEVE SER CONTADA À NOVA GERAÇÃO GUINEENSE

O Vice-Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, General Mamadú Turé, defendeu esta terça-feira, 23 de janeiro 2018, que a história da luta de libertação até à data da independência deve ser contada à nova geração guineense, principalmente aos novos recrutas, de forma a conhecerem as diferentes etapas que marcaram a luta armada.

Mamadú Turé, General do exército, falava na abertura de uma palestra intitulada “O Início da Luta Armada de Libertação Nacional”, que assinalou a comemoração do dia dos combatentes da liberdade da pátria, 23 de Janeiro, realizada numa das salas da reunião do Estado-Maior. A efeméride marcou o início da luta de libertação nacional, através de um ataque ao quartel do Tite, região de Quínara, no Sul da Guiné-Bissau, sob as ordens do Comandante Arafan Mané.

Em declaração ao jornal O Democrata, Turé lembrou que no passado havia uma disciplina denominada “formação militante”, em que se contava a história de luta  entre outras coisas, mas deixou de funcionar agora, por isso optaram por realizar uma palestra para falar um pouco do início da luta de libertação nacional.

“O objetivo dos homens das forças armadas guineenses é tentar trabalhar e compilar a história da luta de libertação nacional para depois pedir ao ministério da educação nacional que inclua essa história no currículo escolar para que os estudantes possam ter conhecimento de como decorreu a luta de libertação contra os colonialistas portugueses e quais as etapas e os homens que marcaram essa época”, espelhou Mamadú Turé.

O Coronel Augusto Bicoda, orador do tema, assegurou que já estão quase na idade de reforma e que é preciso preparar os jovens e dar-lhes formação. Acrescentou ainda que não é possível continuar a ter as forças armadas que tinham no passado, por isso é necessário reorganizá-las e transformá-las em forças armadas republicanas.

“No início da luta, as nossas forças armadas eram irregulares e chamavam-nas de guerrilha, devido às condições na altura. Com o tempo transformaram-se numa força regular, organizada, restruturada, equipada e bem formada para melhor concluir o objetivo da sua criação. A história da luta de libertação nacional pode ser contada desde manhã até a noite e sem que se esgote todos os factos. Portanto, organizar uma palestra como esta, em pouco tempo, não é suficiente. Estou a tentar resumir o essencial aos jovens militares”, informou Augusto Bicoda.

Para o Antigo Combatente e Conselheiro do Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, António Pansau N’Tchalá, o início de luta da libertação nacional foi muito difícil, devido à falta de material de guerra. Mais tarde receberam “Pistolas, Mauzers, Carabinas e Patchangas”. Os que não tinham armamento pegavam em paus e catanas para lutar. Com todo o sacrifício, conseguiram tomar independência em 1973 e com todo mérito.

 

 

 

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: Marcelo Na Ritche

 

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