LÍDER DO PAIGC CONFIRMA REALIZAÇÃO DO CONGRESSO NAS DATAS PREVISTAS

O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, diz que o partido não recebeu ainda nenhuma notificação do tribunal regional de Bissorã que ordena a suspensão do congresso, tendo aproveitado a ocasião para reconfirmar a realização do IX Congresso Ordinário que decorre de 30 de Janeiro a 04 de Fevereiro do ano em curso.

Simões Pereira respondia as questões de jornalistas sobre a suspensão do congresso ordenado pelo tribunal regional de Bissorã, região de Oio, que cobre toda a zona norte da Guiné-Bissau. Segundo agência Lusa, autores da providência cautelar, que são militantes do PAIGC de várias zonas das regiões de Oio e Cacheu, norte do país, “alegaram terem sido injustamente excluídos das listas de delegados” ao congresso.

O líder dos libertadores explicou aos jornalistas que o partido não recebeu nenhuma notificação da parte do tribunal regional de Bissorã, mas avançou que as estruturas judiciais do partido estão a acompanhar todas as situações eventualmente pendentes. Pereira disse que o partido “está disponível” em fornecer os dados que a justiça poderá vir a necessitar.

“Estamos convencidos que essa situação não deverá constituir qualquer tipo de impedimento para o início e bom desenrolar dos trabalhos”, assegurou.
Indagado se já estão reunidas todas as condições para a realização do congresso, informou que as condições mínimas já foram criadas, contudo, apelou os militantes de compreender a situação e de acomodar-se com as condições criadas pela comissão.

Questionado se o partido não recebeu nos últimos dias notificações da parte dos tribunais que pedem anulações dos actos das conferências de bases sobre a escolha dos delegados, explicou que os responsáveis jurídicos do partido estão acompanhar vários casos, que reportam ao partido, e que têm a situação sob controlo.

“Na maior parte dos casos de notificação tem a ver com elementos que alguns juízes solicitaram, mas os responsáveis jurídicos do partido pensam que o fornecimento dessas peças irá clarificar todas a situação e assegurar as condições para o início e bom desenrolar dos trabalhos”, esclareceu o político.

Interrogado ainda se a sua eventual detenção poderá adiar o congresso, disse que o congresso já está a acontecer.

“É quase similar aquilo que tinha acontecido nas vésperas da nossa convenção nacional. Quando no cúmulo de desespero as pessoas foram deter o Comandante Manuel dos Santos (Manecas). Nesta altura, não há nenhum elemento imprescindível para a realização do congresso, incluindo o presidente do partido”, observou o líder dos libertadores.

 

 

Por: Assana Sambú

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