
Os militantes dissidentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) reclamaram esta segunda-feira, 29 de Janeiro de 2018, a reintegração global de todos os elementos afastados do partido. A posição do grupo tornada pública por Braima Camará, coordenador dos 15, surge justamente um dia antes do início do IX Congresso Ordinário do partido que se realiza de 30 de Janeiro a 04 de Fevereiro do ano em curso.
O grupo sustenta, em conferência de imprensa, que qualquer decisão que se queira tomar agora para resolver o problema ou acabar com o extremar de posições, para o fim da crise política na Guiné-Bissau, terá que ser tomada com base em um consenso amplo, para que se possa pacificar e unir o partido rumo a próximos embates eleitorais.
Braima Camará afirma, no entanto, que os níveis que a crise atingiu hoje, ou seja, qualquer plano de reintegração que se queira desenhar dentro desse contexto, não deve abranger apenas os ´15´, mas assim a todos os quadros, militantes e dirigentes perseguidos e marginalizados ou afastados do partido.
“O problema hoje não é apenas dos 15. É dos militantes, quadros e dirigentes do partido, por isso qualquer decisão nesse sentido requer consenso amplo para que possamos pacificar e unir o nosso grande partido rumo aos próximos embates eleitorais”, afirma.
Na sexta-feira passada, 27 de Janeiro de 2018, um tribunal regional da Guiné-Bissau (tribunal provincial do norte do país com sede em Bissorã), ordenou a suspensão do congresso do PAIGC, atendendo uma providência cautelar intentada por um grupo de militantes da mesma zona.
Na providência, os autores, ou seja, militantes do PAIGC de várias zonas das regiões de Oio e Cacheu, norte da Guiné-Bissau, “alegaram terem sido injustamente excluídos das listas de delegados” ao congresso.
Em reação a eventual realização ou não do IX Congresso Ordinário pela atual direção dos libertadores, mesmo depois da decisão do tribunal provincial de Bissorá, Braima Camará disse cabe à justiça decidir sobre a matéria. Contudo, deixa claro que enquanto cidadãos, militantes e dirigentes do partido vão continuar a reclamar os seus direitos e acatar qualquer que seja a decisão judicial.
Neste sentido, o grupo diz estar determinado e, desde logo, afirma, pela voz de Braima Camará, que jamais e nem nunca os ´15´ deputados expulsos do partido pisarão a sede do PAIGC, deixando de fora um dos dirigentes envolvidos no processo desde a primeira hora da crise.
Por: Filomeno Sambú
Foto: F.S
Boa-tarde.
Para um ex-combatente “tuga”, mas que ficou a gostar dos guineenses, isto tudo só dá pena. Com mais de 40 anos já era tempo de se portarem como adultos. Podiam, ao menos, olhar para o lado, isto é, para Cabo Verde.
E… a propósito, porque mantêm o nome do partido? Pelo menos a última letra está a mais há muito tempo.
Obrigado!
Ramiro