Depois do cerco à sua sede em Bissau e vedada a possibilidade de realizar o seu IX Congresso Ordinário que devia ter início na terça-feira, 30 de janeiro, pela força da ordem, os militantes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) recorreram à sede das Nações Unidas em Bissau onde entregaram reivindicações.
O Partido reuniu esta manhã, 31 de Janeiro de 2018, ao lado do edifício principal das Nações Unidas, a maioria dos seus delegados com dísticos a espera que, nas próximas horas, possa ter respostas dos seus protestos.
Um dos delegados contatado pelo jornal O Democrata explicou o objetivo que levou os dirigentes, delegados e militantes a aglomerarem-se a frente da sede nas Nações Unidas que, de acordo com a sua explanação, visa entregar um conjunto de protestos às Organizações das Nações Unidas no concernente à invasão da sua sede pelas forças de segurança que retirou os militantes que se encontravam no interior da sede e proibiu o acesso das pessoas à sede.
Ali Hijazi, Secretário Nacional do PAIGC, disse que o partido e os delegados optaram por “refugiar-se” junto do edifício principal das Nações Unidas, porque, segundo disse, julgaram que é um espaço onde, se calhar, serão mais protegidos e, eventualmente, escapar-se de gás lacrimogénio.
Em relação à realização do Congresso do partido, Ali Hijazi, informa que o partido está a trabalhar para torná-lo numa realidade, não em seis dias como estava programado mas sim no tempo por que for necessário. Por isso, pede que lhes sejam dados espaço (sem intervenção da força de ordem, porque não estão a perturbar nenhuma ordem pública), para que o conclave dos libertadores decorra em um ambiente de paz e de tranquilidade.
Entretanto, O Democrata apurou que boa parte dos dirigentes do PAIGC estava reunida num edifício, ao lado das instalações da ONU, para concertar as posições.
Por: Filomeno Sambú