
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) aplicará sanções aos atores políticos guineenses que não estão a cumprir com o ‘Acordo de Conacri’, revelou esta noite, 31 de Janeiro 2018, o líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira à saída de uma audiência com a missão da CEDEAO que se encontra neste momento no país.
A missão da CEDEAO que chegou ao país no início da tarde de hoje, está a ser chefiada pelo ministro togolês dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e da Integração Regional, Robert Dussey, manteve um encontro logo à chegada com o Chefe de Estado da Guiné-Bissau, José Mário Vaz. De seguida encontrou a comunidade internacional e os diplomatas acreditados no país.
À saída do encontro com a missão da CEDEAO, Simões Pereira disse que os emissários partilharam com ele o objetivo de tentar desbloquear a situação política vigente na Guiné-Bissau, baseando-se no ‘Acordo de Conacri’.
De acordo com o líder do PAIGC, os emissários da CEDEAO concordataires que o ‘Acordo de Conacri’ não está a ser respeitado. Salientou ainda que a missão prometeu deixar claro aos signatários do ‘Acordo de Conacri’ de que as sanções serão aplicadas às instituições; pessoas e entidades envolvidas que sejam reconhecidas pela CEDEAO como responsáveis de não aplicação do acordo assinado em Conacri, em Outrubro de 2016.
Domingos Simões Pereira garante que o IX Congresso do PAIGC terá seu lugar em condições dignas para os seus delegados, embora tenha havido “perturbação” com a invasão a sede do PAIGC, fato que lamenta, assinalando que a Guiné-Bissau não devia chegar a este ponto.
A CEDEAO promete que a ECOMIB vai garantir a segurança na sede do PAIGC, para a realização do IX Congresso, consequentemente de todas as pessoas que participarão no conclave dos libertadores, avança Simões Pereira. Disse esperar que as forças de ordem que ‘invadiram a sede do PAIGC’ abandonem ainda hoje o local para permitir assim que os libertadores retomem os seus trabalhos.
Por: Sene Camará