A delegação do Fundo Monetário Internacional (FMI) que está a avaliar o desempenho macroeconómico da Guiné-Bissau reuniu-se hoje com oficiais das Forças Armadas guineenses para explicar as «melhorias em curso» ao nível das Finanças Públicas.
Acompanhada do ministro das Finanças do Governo demissionário, João Fadiá, a delegação do FMI, liderada por Tobias Rasmussen, chefe da missão da organização para Guiné-Bissau, reuniu-se com 100 oficiais das Forças Armadas.
Questionado sobre a pertinência do encontro com os militares, Óscar Melhado, representante do FMI no país, defendeu que «definitivamente» a estabilidade política e económica «são importantes para o crescimento económico» de um país.
“Queremos partilhar a nossa visão com o sistema de segurança sobre as metas a curto e longo prazo”, afirmou Melhado, que elogiou as potencialidades da Guiné-Bissau, destacando a agricultura e o mar.
A delegação mostrou aos militares o que tem sido feito no âmbito do Programa Alargado de Crédito com a Guiné-Bissau executado durante três anos, mas que vai ser prorrogado por mais 12 meses devido ao «bom desempenho» das autoridades de Bissau, indicou Óscar Melhado.
“A Guiné-Bissau é um país com todas as possibilidades de desenvolver-se e sair da pobreza se se organizar bem”, declarou o representante do FMI em Bissau, salientando que o país atingiu todas as metas acordadas com a sua instituição no domínio das Finanças Públicas.
O ministro das Finanças do Governo demissionário disse que o encontro serviu para a missão do FMI «colher reações» dos militares sobre o que tem sido feito e que tem permitido um «crescimento interessante» da economia guineense que se situa na ordem de 6%.
Quanto aos militares, João Fadiá defendeu serem «uma franja importante» da sociedade guineense, mas que «muita das vezes, parece deslocada da realidade», notou.
O FMI iniciou a semana passada a sua quinta e última avaliação à Guiné-Bissau no âmbito do Programa Alargado de Crédito, que termina a 02 de abril.
O Programa Alargado de Crédito, num montante de 23,5 milhões de dólares (cerca de 21 milhões de euros), foi aprovado em julho de 2015.
In lusa