FERNANDO GOMES REVELA NOMES DE MAGISTRADOS ACUSADOS DE PRÁTICA DE CORRUPÇÃO

O Porta-Voz do Movimento “Frente Nacional de Luta Contra a Corrupção no Aparelho Judiciário da Guiné-Bissau”, Fernando Gomes, acusou esta quarta-feira, 04 de abril 2018, os magistrados Lassana Camará e Blimate Sanhá, ambos do ministério público, de prática de atos de corrupção na instância judicial detentora da ação penal.

Fernando Gomes falava a’O Democrata à saída do ministério público, onde o recém-criado Movimento de grupo de advogados devia reunir-se com o Procurador-Geral da República, no âmbito da denúncia feita pelo mesmo grupo. Gomes disse que audição foi adiada para dia 06 do mês em curso, devido à falta da luz elétrica no Ministério Público.

“Não fomos informados sobre o teor de audiência, mas pensamos que tem a ver com a denúncia que fazemos no dia 20 de março, no âmbito de lançamento do nosso movimento de luta contra corrupção no aparelho judiciário, sobre envolvimento de alguns magistrados em atos da corrupção”, disse Fernando Gomes.

Os nomes dos dois magistrados acusados de envolvimento em atos de corrupção foram revelados inesperadamente, aos jornalistas, por Fernando Gomes, que ressalvou depois que não queria denunciá-los publicamente porque corriam riscos, mas, mesmo assim, deixa a responsabilidade ao órgão competente, neste caso, Ministério Público para que tome diligências na devida altura sobre esta situação.

“Temos nomes destes magistrados e atos praticados por eles, e o processo ainda não começou. Portanto, na devida altura vamos chamar nomes dessas pessoas. Refiro aos magistrados, Lassana Camará e Blimate Sanhá. Pelo menos avançamos com os dois nomes e outros serão conhecidos no decorrer do processo”, espelhou porta-voz do grupo dos advogados.

De recordar que no passado dia 20 de Março, o porta-voz do grupo dos advogados, Fernando Gomes, apontou os casos dos cidadãos Iero Seide e Ussumane que, segundo disse, foram vítimas de detenção arbitrária pelos magistrados do Ministério Público, com o propósito de lhes pedir dinheiro em troca de liberdade. Gomes revelou ainda que alguns magistrados do Ministério Público atuam como ‘marginais’, sustentando que foi criada uma ‘espécie de associação criminosa’ dentro do Ministério Público por alguns magistrados.

 

 

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: AA

 

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