
A Plataforma Política das Mulheres (PPM) exigiu esta sexta-feira, 27 de abril 2018, a representação de quarenta por cento (40%) de mulheres no atual governo liderado por Aristides Gomes e a reposição, o mais rápido possível, do Ministério da Mulher, Família e Coesão Social.
Em conferência de imprensa realizada na sede da PPM em Bissau, que juntou diferentes organizações femininas do país, a Presidente da PPM, Silvina Tavares lembrou aos políticos dos compromissos assumidos aquando do lobby e advocacia
junto dos líderes e de decisões tomadas, para a colocação de mulheres nos lugares cimeiros, como forma de reconhecimento.
A ativista pela causa da mulher guineense e líder de plataforma disse estar preocupada e afirmou que a problemática da mulher tem tido pouca relevância nas
políticas estruturais desenvolvidas pelos anteriores governos, assim como a baixa representação no orçamento do Estado.
“Considerando o esforço empreendido pelas mulheres da Guiné-Bissau, durante os três anos da crise, na busca de soluções que permitissem o regresso à normalidade
constitucional, os contatos desenvolvidos juntos dos partidos políticos no sentido de incluírem mulheres nas esferas de tomada de decisão e as ações desenvolvidas para se evitar do recurso à violência pelas partes em contenda, exprimimos a nossa indignação pela pouca representatividade das mulheres no governo liderado por Aristides Gomes”, realçou Silvina Tavares.
Nesse sentido, Silvina Tavares acrescentou que “a gravidade dos atos”, a PPM e demais organizações femininas da sociedade civil, apelam aos partidos políticos para respeitarem e valorizarem a constituição das mulheres dentro dos seus partidos, “uma vez que votos das mulheres são mais representativos na Guiné-Bissau”.
Silvina Tavares declarou, no entanto, seu apoio às (5) mulheres atualmente no governo de Aristides Gomes, tendo em conta a situação atual em que o país se encontra “de extrema precariedade económica, greves recorrentes no sector da educação, falta de emprego para jovens, condições de saúde deficiente e falta da coesão social”.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A