
A África perde, anualmente, cerca dois biliões de dólares, por causa da fuga de cérebros no sector da saúde, revela um novo relatório sobre a boa governação, divulgado pela Fundação Mo Ibrahim.
Apenas três países de África, designadamente a Líbia, ilhas Maurícias e a Tunísia, têm pelo menos um médico para cada mil pessoas, lê-se no documento, intitulado “Relatório Fórum Ibrahim 2018: O serviço Público em África”.
Apresentado em Kigali (Rwanda), à margem de uma gala do “Fim-de-semana da Governação de Mo Ibrahim”, o documento indica que, na África Subsahariana, a média das despesas ligadas à saúde, no privado, é de 57,4 porcento, o que representa mais do dobro a nível da Europa e da Ásia Central.
Segundo dados mais recentes, o Burundi continua a ser o país a ter maior dificuldade em assegurar os seus melhores profissionais, enquanto a Argélia, Mauritânia, Tchad e a Guiné Conakry completam os cinco principais países vítimas de fuga de cérebros.
Esta tendência e esta crise são notadas especialmente no sector médico africano, revela o relatório, que também avalia a situação actual dos serviços públicos em África e seus principais desafios, nomeadamente a atractividade do emprego e serviços prestados.
No Rwanda, o fornecimento de bolsas de sangue aos estabelecimentos hospitalares, por meio de drones, permitiu reduzir o tempo em até trinta minutos, contra as três horas por estrada.
In angop