A Presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (SINJOTECS), Indira Correia Baldé, disse hoje 30 de maio, que não se pode ter a total democracia sem a contribuição da comunicação social, por os media serem uma parte integrante da consolidação da democracia. Por esse motivo, em sua opinião, o Estado deve optar pela liberdade de imprensa, a segurança e a proteção dos jornalistas e a sustentabilidade dos órgãos da comunicação social.
Inidira Correia Baldé falava à saída de uma audiência com o Presidente da República, José Mario Vaz, durante a qual foi apresentada ao Chefe de Estado a nova direção do SINJOTECS eleita no passado dia 27 de março. Na mesma ocasião, Correia Baldé explicou aos jornalistas que apresentaram os propósitos da direção por ela liderada que tem como compromisso ‘lutar pela melhoria das condições de trabalho e salário justo para que os jornalistas possam fazer um jornalismo responsável’.
A líder sindical revelou ainda que abordaram o assunto do anteprojeto lei de alteração dos estatutos do Conselho Nacional da Comunicação Social, no qual o SINJOTECS defende que o conselho deve passar a ser dirigido por um jornalista devido à natureza da profissão jornalística, não por um juiz como tem acontecido até aqui.
A jornalista considera o Anteprojeto Lei, que consta da agenda parlamentar para esta IV Sessão Ordinária, como sendo um claro atentado à liberdade de imprensa, apontando os artigos 4 e 7 que conferem claras competências para que o conselho seja gerido por um jornalista adequadamente e melhor do que por um juiz, acrescentou sem detalhar os referidos artigos.
Defendeu a vontade de ter uma imprensa livre e independente, mas disse que para isso acontecer, precisam de todos os apoios necessários, particularmente os dos órgãos da soberania para garantir a melhoria de condições de trabalho e salário justo aos profissionais da imprensa a fim de poderem exercer com rigor as suas profissões, evitando ser rebocados por políticos.
A nova direção do SINJOTECS apresentou ao Presidente da República as resoluções da jornada mundial da liberdade de imprensa que teve lugar em Acra, Gana, de 01 a 04 de maio, onde os Estados participantes se focalizaram na luta pela liberdade de imprensa e de expressão nos respetivos países.
A sindicalista aproveitou a ocasião para agradecer ao Chefe de Estado pelo curso pago para quase 80 jornalistas na Universidade Lusófona da Guiné que exerciam a profissão sem terem o grau de licenciatura. Anunciou neste particular a vinda do Media Foundation, uma organização oeste africana, que virá inteirar-se das condições de exercício da profissão jornalística no país, tendo em conta as eleições que se avizinham.
Por: Epifânia Mendonça
