
O Partido da Renovação Social (PRS), afirmou esta segunda-feira, 04 de junho 2018, que se abdicou da disputa sobre a nomeação dos governadores regionais e administradores setoriais a favor do Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), para permitir que a titular da pasta de Administração Territorial exerça as suas competências como entender.
A posição dos renovadores foi tornada pública em conferência de imprensa pelo seu porta-voz, Victor Pereira, na presença de vários dirigentes do partido, designadamente, Certório Biote, um dos vice-presidentes dos renovadores e do Secretário-geral Florentino Mendes Pereira.
Victor Pereira avisa que, doravante, cada partido vai proceder com as nomeações nas instituições sob a sua tutela, evitando mais choques ou aquilo que considera “falsos protestos” que sirvam de “bode expiatório” para criar mais espaços a novo cenário de um impasse político no país.
Justifica, contudo, que o seu partido quer mostrar com este ato que é um “partido de confiança” que cumpre com as promessas. Neste sentido, acrescenta que a intenção do PRS é “elevar o nível de atuação política e não criar guerrilhas que apenas visam promover a ideia de uma predominância do PAIGC, assumida no contexto de um espírito de adversidade e de disputa desregrada pelo protagonismo”.
Victor Pereira disse que o PRS quer que a sua cedência seja encarada como um estímulo a um clima de entendimento em torno do objetivo básico do atual governo que, segundo ele, consiste na realização de eleições legislativas livres e justas no quadro da lei em vigor.
“PAIGC ao receber a pasta da Administração Territorial no governo entendeu por sua conveniência dar um novo entendimento ao texto, desvirtuando por completo o espírito de exclusividade, depois de se autoatribuir o governo das três maiores cidades e condiciona agora a distribuição dos cargos a uma permuta entre administradores locais e entidades públicas, sob tutela do ministro dos Transportes e Comunicações, fazendo propostas absurdas e inaceitáveis, metendo tudo num mesmo saco. O PRS recusa-se alinhar em querelas improdutivas, oportunistas e nega-se a ceder postos de responsabilidade num contexto efémero e pré-eleitoral”, vincou.
Por sua vez, o líder da Bancada Parlamentar e igualmente um dos vice-presidentes do PRS, Certório Biote, justificou que bem das eleições legislativas que se avizinham o seu partido decidiu tornar pública, aos cidadãos guineenses, a sua posição sobre governadores e administradores em retirar, deixando o PAIGC fazer as nomeações dos mesmos.
O político exigiu o atual governo para realizar eleições legislativas, a sua missão principal, na data marcada, 18 de Novembro do ano em curso.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: AA