
O Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) afirmou na terça-feira, 05 de junho 2018, que a decisão do Partido da Renovação Social (PRS) em abdicar do Acordo de Princípio que previa a divisão das pastas regionais e setoriais (governadores regionais e administradores setoriais) não constitui surpresa nenhuma para os libertadores.
Na segunda-feira, 04 de junho, o PRS anunciou publicamente que abdicava da disputa das nomeações de governadores regionais e administradores setoriais a favor do PAIGC, para permitir que a titular da pasta de Administração Territorial exerça as suas competências como entender.
Em reação a essa posição dos renovadores, o PAIGC acusa o PRS de ser o maior responsável por bloqueios e fragilidades que o país vive e que à semelhança daquilo que habituou aos guineenses ao longo destes últimos anos, vem fazer-se de vítima aos olhos do povo, apontando a responsabilidade do impasse ao PAIGC.
“Estas manobras dilatórias do PRS têm como o único objetivo atrasar o país e os compromissos assumidos a nível internacional para que o escrutínio não tenha lugar a 18 de novembro de 2018”, disse o partido em nota à imprensa lida pelo seu porta-voz, João Bernardo Vieira.
No mesmo documento, o partido esclarece que o Acordo de Princípio não oferece campo para dúvidas, porque, no entendimento dessa formação política, se houvessem teriam sido levantadas no momento da sua assinatura.
Para o PAIGC, o PRS desistiu, não pelos interesses superiores do país, mas porque “objetivamente” não poderia continuar com o “braço de ferro” sob pena de cair ainda mais no ridículo e no descrédito político.
Chama, no entanto, atenção da Comunidade Internacional e muito em particular do Grupo P5, nomeadamente, UNIOGBIS, CEDEAO, União Africana, União Europeia e a CPLP sobre o que chama de “manobras dilatórias” do PRS para inviabilizar as eleições de novembro próximo.
No entanto, garante que jamais, enquanto partido, baixará os braços na promoção dos valores democráticos e do Estado de direito.
Por: Filomeno Sambú
PTS é um grupos de que só pensão nos interesses pessoais e não dos interesses do país.Por isso apoiaram o Jomav todos esses anos para destruir Guiné-Bissau.