O Procurador- Geral da República, Bacari Biai, afirmou esta sexta-feira, 27 de julho, que a Guiné-Bissau está refém de organizações criminosas e de corruptores e mostrou disponibilidade do Ministério Público em continuar a luta contra a corrupção no país, “doa a quem doer”.
Bacari Biai falava a margem da visita aos tribunais sectoriais sedeadas em Bissau, acompanhado da Vice-Procuradora Geral da República, com o propósito de solidarizar-se com os magistrados e funcionários afetos aos tribunais, tendo em conta as difíceis condições laborais que atravessam, como também para constatar “in loco” o funcionamento dos tribunais.
Na ocasião, Biai disse que os titulares do poder político não querem ver o sector judicial guineense funcionar em plenas condições, porque todos eles têm “rabo-de-palha”.
Durante a visita cujo objetivo era auscultar a população sobre o acesso à justiça e prestação dos profissionais judiciários e comunicar aos magistrados e oficiais de justiça do Ministério Público a visão da nova direcção da Procuradoria-geral da República, sobretudo no concernente a luta contra a corrupção e ao crime organizado no país.
Os tribunais visitados pela delegação do Procurador-geral da República foram os dos Bairro Militar, Pluba, também o Vara Crime, que funciona nas antigas instalações da Procuradoria-Geral da República. Notou-se dificuldades de vária ordem que as referidas instalações enfrentam em particular, a falta de materiais de trabalho, designadamente papel (A4), computadores, carimbos, entre outros. Queixou-se igualmente da morosidade nos processos.
O PGR garantiu que a sua direção está fazer de tudo para criar condições nos tribunais setoriais e regionais. Contudo, Biai, garantiu que a instituição que dirige vai colocar mão dura em qualquer magistrado que entre em ilegalidades ou corrupção, porque são os primeiros que devem mostrar exemplo e moralizar a sociedade guineense.
Recorde-se que os tribunais das províncias do Sul, Leste e do Norte foram visitados nos passados meses de março e abril do ano em curso e no dia 30 de julho o périplo termina no Tribunal Regional de Bissau para depois se fazer um balanço.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: AA